Família tem cachorro roubado 23 dias após perder outro animal


Em três semanas, a vida de uma família de Jardim Pernambuco, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi da alegria à tristeza. Foram apenas 23 dias entre o luto pela perda do vira-lata Pitoco, de 8 anos, até o roubo de Bob, um pastor alemão misturado com labrador, de apenas 2 anos. Na manhã de sábado, um conhecido da família saiu para passear com o animal pelo bairro, mas voltou, por volta do 12h, apenas com a coleira. Ele contou que foi assaltado e que os bandidos levaram o cãozinho em um Gol preto. A bióloga Verônica Máximo entrou em desespero quando soube que seu filho pet havia sido levado por bandidos, e iniciou uma saga em busca dele.

Após rodar pelo bairro, a mulher foi registrar uma ocorrência na 56ª DP (Comendador Soares, em Nova Iguaçu), mas o delegado explicou que, nesses casos, o boletim precisa ser realizado de forma on-line. Além de fazer buscas na área, a bióloga divulgou um pedido de ajuda nas redes sociais.

— Foi covardia. Eu continuo procurando, não sei o que faço. Perdemos o Pitoco no dia 3 de setembro, ele morreu de mal súbito e foi muito triste. Agora levam o Bob? Ele era da minha mãe, ela está arrasada, não come desde que ele foi roubado. Eu estou muito chorosa, com insônia, toda hora ouço um latido ou barulho e acho que é o Bob. O nosso quintal está vazio sem os dois aqui. Só o queremos de volta — diz a dona do cachorro.

Bob (D) com Pitoco (E) no quintal da casa da bióloga Verônica, em Nova Iguaçu
Bob (D) com Pitoco (E) no quintal da casa da bióloga Verônica, em Nova Iguaçu Foto: Arquivo Pessoal

Verônica acredita que a divulgação do roubo e as fotos de Bob possam ajudar na devolução do cão. A bióloga disse que começou a procurar em sites de vendas na internet porque soube que o cachorro vale dinheiro por ser de raça. A esperança é que a pessoa que o levou veja o apelo e o devolva. Ela garante que tem como identificar o bicho porque ele tem uma marca no corpo, que ela prefere não divulgar o tipo nem em que local.

— Meu objetivo é que a pessoa que o pegou, que foi na maldade e na intenção mesmo, possa devolver o Bob. A pessoa pode estar com medo da polícia. Mas ele pode deixar em algum lugar ou nos procurar. Estou já pesquisando se há anúncio de venda de algum pastor alemão, porque vi em grupos no Facebook que as pessoas roubam para ganhar dinheiro com o filhote. Se alguém comprar ou vir e me avisar, eu vou saber que é o Bob — afirma.

‘Ele é dócil e brincalhão’

A perda de Pitoco fez a bióloga dedicar todo o seu carinho e atenção para Bob.
O filhote acabou se tornando o melhor amigo de Verônica e a confortou nessas últimas semanas, depois da morte do vira-lata.

— Ele é muito dócil, brincalhão. Sempre que ouvia a chave na porta, ele já corria para pular e brincar. Desde que o Pitoco morreu, estamos deixando-o ficar conosco dentro de casa. A gente sente na sala e ele fica ali, nos pés, querendo brincar. Sempre tento tirar fotos dele, mas ele não para. Essa que divulguei ele tinha ainda seis meses e estava se recuperando de uma pneumonia. A esperança é que ele volte. Quando ando de bicicleta atrás dele, já levo a coleira. A gente nunca tira para nada, porque ele é estabanado, sai correndo. Mas agora está um vazio aqui, as coisinhas dele continuam ali, esperando que ele volte — diz.

Bob, de 2 anos, em uma das brincadeiras com a sua dona, que morar em Nova Iguaçu
Bob, de 2 anos, em uma das brincadeiras com a sua dona, que morar em Nova Iguaçu Foto: Arquivo Pessoal



Fonte: Fonte: Jornal Extra