Ex acusado de agredir MC Marcelly admite ter usado celular na cadeia


O ex-companheiro de Marcelly Almoaya da Silva, a MC Marcelly, admitiu ter usado celular na cadeia pública Patricia Acioli, em São Gonçalo, onde está preso. Francimar Jorge Cavalcante foi ouvido na unidade prisional, na noite dessa segunda-feira, em procedimento disciplinar aberto pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) após terem sido encontrados dois telefones em sua cela. Como o EXTRA revelou, a funkeira denunciou à Justiça que vinha recebendo mensagens do ex e estava se sentindo intimidada. Francimar é acusado de agredir a MC, além de ameaçá-la e mantê-la em cárcere privado.

No depoimento, Francimar afirmou que utiliza o WhatsApp no celular e alegou falar com a filha, mãe e familiares. Ele negou usar o aparelho para acessar redes sociais. O ex de MC Marcelly também disse que não é o dono dos telefones, apesar de fazer uso de ambos. Ele acrescentou não saber quem é o proprietário dos aparelhos.

Francimar também foi encaminhado para a 74ª DP, onde foi feito registro da apreensão dos celulares. Foram encontrados um aparelho com chip e outro, sem. A secretaria realizou a inspeção após ter sido questionada pelo EXTRA sobre as denúncias feitas por MC Marcelly.

Confissão: Ex de MC Marcelly admite ter agredido funkeira

Segundo informações da Seap, o ex da funkeira foi encaminhado para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrini, conhecida como Bangu 1, localizada no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Denúncias da funkeira

MC Marcelly denunciou à Justiça que seu ex-companheiro, Francimar Jorge Cavalcante, vinha fazendo contato com ela, pelo WhatsApp, mesmo preso. A informação foi dada pelo advogado da cantora, Janser Myller Soares Lopes, em petição encaminhada no último dia 10 ao VI Juizado de Violência Doméstica e Familiar do Rio. Francimar foi preso em flagrante no início de maio deste ano, acusado de manter a ex em cárcere privado por seis dias. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público estadual pelos crimes de lesão corporal decorrente de violência doméstica, ameaça e cárcere privado.

Conversa de MC Marcelly com ex
Conversa de MC Marcelly com ex Foto: Reprodução

No documento enviado à Justiça, o advogado alega que a funkeira vem se sentindo intimidada, uma vez que Francimar vem tentando contato com ela e com amigos em comum. Foram anexados “prints” de mensagens que, segundo a petição, foram enviadas pelo ex. “Oi. Sou eu Frank. Fui transferido de novo. Voltei pro zero. Não queria levar problema. Fala pro advogado. Tô numa cela com 15. Não dá para dormir”, diz o texto. Nas mensagens, Francimar diz ainda que levaram a sua roupa e afirma estar há três dias sem comer, só se alimentando de pão.

Em outra ocasião, Francimar teria tentado ligar para Marcelly pelo WhatsApp quatro vezes, mas não foi atendido. “Você não pode fazer isso”, escreveu a funkeira. “É muito urgente. Confio em você. Eu sei o que você pode fazer comigo” escreveu o ex.

Conversa entre Marcelly e advogado de Francimar
Conversa entre Marcelly e advogado de Francimar Foto: Reprodução

No documento, foram anexados ainda “prints” de uma conversa entre Marcelly e um amigo, que é DJ. O homem avisa à funkeira que Francimar tinha conseguido fazer contato com ele. “Po o Frank conseguiu chegar em mim aqui pelo telefone. Pediu pra eu falar contigo, pra te passar um recado”, escreveu o amigo.

MC Marcelly afirma ainda que um homem que seria advogado de Francimar fez contato com ela, pedindo que ela desse uma declaração que pudesse ajudar o ex a ser solto. “A declaração não é no intuito de que você perdoa ele e que vai voltar. E só no sentido de não temer que ele responda em liberdade, escreveu o homem, identificado na lista de contatos como Renan.

O advogado de Marcelly apresentou as provas para pedir à Justiça que Francimar seja mantido preso. Dois advogados – Daniel Santos da Silva e Jefferson Araújo de Paulo – entraram com um pedido para que o ex da funkeira responda ao processo em liberdade. O Ministério Público foi contra a revogação da prisão do réu e “considerando os fatos graves narrados pela defesa da vítima”, solicitou a extração de cópias para a Central de Inquéritos do MP para que as denúncias sejam apuradas.



Fonte: Fonte: Jornal Extra