Empresário apontado como mandante da morte de lojista é preso; crime envolveria contrato de R$ 5 mi


Um contrato de R$ 5 milhões para a construção de uma usina solar em uma fazenda de Goiás seria a motivação do assassinato do lojista Jean Carlos Pereira no dia 10 de fevereiro, em Curitiba. A conclusão é da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que deflagrou nesta quinta-feira (25), uma operação para prender dois empresários apontados como mandantes do crime. Um empresário foi preso e o outro é considerado foragido. Em março, um homem apontado como co-autor do assassinado, já havia sido preso, mas não entregou o nome do atirador, ainda não identificado.

Jean Pereira foi morto em fevereiro – Reprodução

Jean Pereira foi baleado no dia 10 de fevereiro dentro da loja de tapetes automotivos dele, no bairro Prado Velho, diante do filho. Ele ficou internado por três dias e morreu no hospital. Segundo a polícia, a vítima teria trabalhado na construção da usina solar em Goiás, o que teria gerado um superfaturamento. As investigações apontam que Jean pode ter delatado a ação fraudulenta dos empresários para o contratante goiano, o que teria motivado o desentendimento e o crime.

“Tudo indica que houve um desacerto na negociação da construção desta usina solar e Jean Pereira estava envolvido na confusão, que gerou um prejuízo de R$ 5 milhões.  Os dois empresários de Curitiba encomendaram a morte do lojista contratando uma pessoa que, por sua vez, terceirizou o assassinato contratando o executor”, afirmou o delegado Tito Barichello.

Operação da PCPR foi deflagrada nesta quinta-feira _ Foto PCPR

Na operação deflagrada nesta quinta-feira, a Polícia Civil  cumpriu um dos mandados de prisão na casa de um dos supostos mandantes, em Curitiba. O outro suspeito não foi localizado. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas duas residências e um mandado de arresto de um veículo BMW 2018, avaliado em R$ 380 mil. “Pedimos o carro à Justiça para garantir uma futura indenização para a família da vítima, que deixou dois filhos”, afirmou o delegado.

A polícia não revelou os nomes dos suspeitos com a alegação de que o inquérito corre sob sigilo.

Atirador no momento do crime – reprodução

Quem é o atirador?

A DHPP trabalha para identificar o executor do assassinato. Imagens das câmeras de segurança mostram o momento dos disparos dentro da loja da vítima. Segundo o delegado, não há dúvidas que trata-se de um atirador profissional, até mesmo um policial.

“Foi um crime com requintes de crueldade, diante do filho da vítima que ainda tentou ir ao encontro do executor ao ver o pai baleado. Um atirador profissional, com uma pistola 9 mm, de uso restrito, e munição vinda do Paraguai. Concluímos que era um profissional pela forma com que pega na arma com as duas mãos, como atira, como guarda a pistola, tudo em 19 segundos. Se alguém reconhecer esta pessoal, que pode até ser um policial ou ex-policial, nos informe de forma anônima pelo 0800-643-1121”, disse o Barichello.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um homem suspeito de envolvimento no assassinato do empresário Jean Carlos Pereira. O crime aconteceu no dia 10 de fevereiro deste ano, dentro da loja de tapetes automotivos de propriedade da vítima, no bairro Prado Velho, em Curitiba.

Veículo BMW de um dos supostos mandantes apreendido nesta quinta-feira – Foto PCPR

Primeira prisão

No dia 19 de março, um  mandado de prisão foi cumprido  contra o suspeito de ser co-autor do assassinato, contratado pelos mandantes, morador de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Este homem teria levado o executor do crime até o estabelecimento da vítima.

De acordo com as investigações, o crime aconteceu de maneira rápida e calculada. O empresário chegou a ser socorrido, entretanto não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital três dias após o ocorrido.

Assista aos vídeos da PCPR com momentos da operação deflagrada nesta quinta-feira:

 



Fonte: Banda B