O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camorim, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio, morreu na manhã desta quinta-feira, após ser baleado durante uma operação no Morro da Glória, naquele município. O capitão Carlos Alberto Alves, de 42 anos, foi atingido por um tiro de pistola numa das pernas. A bala perfurou sua artéria femoral. Somente este ano 11 policiais militares foram mortos no estado.
Após ser atingido, o capitão Alberto chegou a ser levado para o Hospital municipal da Japuíba, mas havia perdido muito sangue. A ação da qual ele participava tinha o objetivo de retirar câmeras de monitoramento do tráfico instaladas no Morro da Glória.
Em nota, a PM lamentou a morte do capitão e informou que ele estava na corporação desde 2002. Alberto deixa a mulher, também policial militar, e dois filhos. Não há informações sobre horário e local de sepultamento.
O “dono” do Morro da Glória seria um homem conhecido como Léo do Peres, que não moraria em Angra. O chefe do tráfico na região é Pablo Miguel Rodrigues Pereira, o Bigode. O Disque-Denúncia divulgou um cartaz com a foto dele pedindo informações sobre sua localização. Bigode foi reconhecido por policiais durante uma operação no Morro da Glória.
Segundo PM morto em Angra em cinco dias
O capitão Alberto foi o segundo PM morto em Angra em menos de uma semana. No início da noite do noite de sábado, o cabo Fernando Figueira Machado, de 34 anos, lotado no 33º BPM (Angra dos Reis), foi baleado durante um confronto na localidade conhecida como Casinhas do Bracuí. O agente foi atingido na cabeça.
Na ocasião, a PM informou que Machado chegou a ser socorrido no Hospital da Japuíba, onde morreu. Na mesma operação, o cabo Luciano Julio Custódio foi atingido na região lombar.
Morte na capital
Outra morte de policial militar foi registrada na última terça-feira, dessa vez na capital. O sargento do 9º BPM (Rocha Miranda) Jefferson Alan Ferreira Cavalcanti morreu após ser baleado em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. De acordo com a Polícia Militar, ele e sua equipe se deslocavam pela Favela do Muquiço quando sofreram um ataque a tiros.
Atingido no tórax, o agente chegou a ser socorrido por colegas de farda e levado para o Hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Ele tinha 41 anos e estava na PM desde 2002. Em nota, a corporação lamentou a morte.
Baleado e carbonizado
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga a morte de mais um policial militar: o sargento Marcelo Félix de Almeida, de 42 anos. Ele era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, e foi encontrado dentro de seu carro na noite do último dia 25. O veículo foi localizado carbonizado na Via Light, altura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Mais cedo naquele dia, o PM teria trocado tiros com bandidos na Rua Maria Gama, na comunidade Bacia do Éden, em São João de Meriti, também na Baixada, e se ferido. O confronto com os criminosos teria ocorrido porque eles teriam visto a farda de Marcelo no carro e, assim, o reconhecido como policial. O sargento, que estaria a caminho de um churrasco, acabou sendo capturado.
Fonte: Fonte: Jornal Extra