Os moradores e comerciantes do Jardim das Américas, em Curitiba, estão cansados e assustados com a onda de furtos de portões de ferro e cobre na região, assim como hidrômetros e grelhas de ralos de esgoto. Nos últimos 40 dias, foram registradas 40 ocorrências, de acordo com informações do Conselho de Segurança (Conseg) do bairro. A suspeita é de que os produtos sejam levados para venda no mercado paralelo. (Assista aos vídeos abaixo)

Foto: Reprodução.
A vice-presidente do Conseg do Jardim das Américas, Margareth de Andrade Nascimento, pediu a colaboração da população para a denúncia dos casos, dos ferros velhos, para onde o material estaria sendo levados, e das forças policiais de Curitiba. Segundo ela, os moradores estão preocupados, tanto pelo prejuízo monetário, como pela vulnerabilidade a qual estão expostos.
“De nada adianta o cidadão colocar o portão para sua segurança e acabar sendo furtado naquilo que lhe garante essa segurança”, pontua Margareth.
O Conseg Jardim das Américas esteve reunido com representantes da Guarda Municipal, Polícia Militar, Delegacia de Polícia Civil e prefeitura de Curitiba. De acordo com a presidente do conselho, a melhor solução é atuar na prevenção e não somente sobre os furtos realizados.
Por isso, foi definida a criação de um formulário, para identificar os possíveis locais de destino dos produtos. “Observamos muitos terrenos com depósitos de ferro velho, alguns regularizados e outros não. A pessoa da comunidade que detectar a situação, informe o Conseg, que transfere ao formulário”, afirma.
A prefeitura, então, fornecerá mais detalhes sobre o terreno, como a identidade do proprietário, explica Margareth.
“Vamos verificar se tem alvará. Se não tiver, faremos a fiscalização. Os efetivamente regularizados, vamos verificar se estão trabalhando de forma lícita. Se for particular, vamos verificar se os materiais no terreno são de origem lícita. Dessa forma, vamos planejar uma ação com as forças policiais.”
A vice-presidente do Conseg Jardim das Américas acredita que, ao atuar na prevenção, o problema será sanado com maior assertividade. “Só existe o furto, porque tem o receptador e aquele que compra o produto. Se atuarmos na causa, ou seja, se não tiverem mais esse mercado para colocar o produto e vender, não vai ter mais a finalidade de furtar os itens.”
Segurança particular
Segundo Margareth, os casos acontecem, predominantemente, quando as pessoas estão fora de casa ou quando é muito tarde, período no qual, muitas vezes, as pessoas não escutam o barulho da movimentação em seus portões.
Alguns moradores, conta Margareth, contrataram serviços em conjunto de monitoramento de empresas especializadas. Isso porque os casos têm acontecido onde não há monitoramento por câmeras ou vigilantes de empresas particulares.
“Nas ruas onde moradores implantaram esse serviço particular, em complemento ao que os órgãos públicos estão oferecendo, conseguimos zerar as ocorrências. Onde estão ocorrendo esses furtos, não têm essa situação de monitoramento, porque nem todos têm essa condição.”
Conscientização e parceria
Além da ação preventiva, o Conseg reforça a campanha de conscientização dos cidadãos, para que façam boletim de ocorrência e acredita que os Consegs de outros bairros devem agir em conjunto. “Os Conselhos têm que atuar sempre de maneira integrada, porque juntos sempre seremmos mais fortes na solução dos problemas e na prevenção das ocorrências.”
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Fonte: Banda B