Atirador que matou empresário em Curitiba é preso, confessa crime e dá detalhes de esquema


O atirador que matou o empresário Jean Carlos Pereira, em fevereiro desse ano, foi preso por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele foi capturado na última sexta-feira (28), em Matinhos, no Litoral do Estado. O crime aconteceu no dia 10 de fevereiro deste ano, dentro da loja de tapetes automotivos de propriedade da vítima, no bairro Prado Velho, em Curitiba.

 

Jean Pereira foi morto em fevereiro. Foto: Reprodução/Redes sociais

 

O homem preso teria sido contratado por outros dois suspeitos, um já preso no decorrer das investigações e outro foragido. O delegado responsável pelas investigações, Tito Barichello, disse à Banda B que o atirador confessou o crime.

“Demoramos para chegar até esse atirador porque de todos os envolvidos apenas um deles o conhecia. Fizemos um trabalho bastante complexo, de inteligência, preparação, execução, consumação. O atirador confessou, disse que foi ele que cometeu o crime, contou tudo que ocorreu em relação a essa ação. Ele foi levado por um dos atravessadores, esse homem foi buscar o executor na casa dele, em Matinhos. A princípio, o crime seria na casa do empresário, foram até lá, mudaram de ideia e esperaram que ele chegasse na empresa para então executá-lo. Depois de matar, esse atirador foi embora de Uber e pagou em dinheiro”, descreveu o delegado à Banda B.

Segundo o delegado, o atirador recebeu a quantia de R$ 5 mil pelo crime. “Ele foi contratado por esse mandante intelectual. Essa negociação teve um pagamento de R$ 50 mil, mas o valor que chegou ao executor foi de R% 5 mil, ou seja, na linha de pagamento aqueles que contrataram ficaram com valores maiores”, contou.

No dia do crime, o suspeito preso teria entrado na loja da vítima, se dirigido até sua sala e atirado seis vezes contra ela usando uma pistola semiautomática de 9mm. Toda a ação criminosa foi filmada por câmeras de segurança e praticada em 19 segundos.

O atirador responderá por homicídio qualificado. Se condenado, poderá pegar até 30 anos de prisão.

Presos

Além do atirador, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já prendeu, por meio de uma operação, duas pessoas acusadas no envolvimento da morte de Jean. Um deles é empresário e foi preso na casa dele, em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e o outro é considerado foragido. Em março, um homem apontado como coautor do assassinado, já havia sido preso.

Foragido

O único que segue foragido de todo o esquema criminoso é o empresário acusado de mandar matar o empresário. “O mandante tem alto poder aquisitivo, está aqui em nosso pátio, inclusive, uma BMW avaliada em mais de R$ 300 mil. E aqui isso pouco importa, tendo muito ou tendo pouco, lugar de criminoso é na cadeia. Esse Sandro Mandante Castelan é o mandante e está foragido, ele tem uma empresa de energia solar que tinha relações comerciais com a vítima. E pasmem, a vítima era amiga pessoal e frequentava a casa do mandante intelectual, se tratavam como compadres e amigos”, detalhou Tito.

 

Crime

Jean Pereira foi baleado no dia 10 de fevereiro dentro da loja de tapetes automotivos dele, no bairro Prado Velho, diante do filho. Ele ficou internado por três dias e morreu no hospital. Segundo a polícia, a vítima teria trabalhado na construção da usina solar em Goiás, o que teria gerado um superfaturamento. As investigações apontam que Jean pode ter delatado a ação fraudulenta dos empresários para o contratante goiano, o que teria motivado o desentendimento e o crime.

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Fonte: Banda B