Após 20 anos preso, traficante Celsinho da Vila Vintém deve deixar cadeia nesta terça-feira

Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, um dos principais traficantes do Rio de Janeiro nos anos 1990, deve deixar a prisão nesta terça-feira. Na última segunda-feira, o juiz Marcello Rubioli, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a expedição do alvará de soltura para o criminoso, que está no presídio Lemos de Brito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste. Celsinho está preso desde 2002.

O magistrado determinou a expedição do alvará após a defesa de Celsinho ter conseguido um habeas corpus na 3ª Câmara Criminal do TJ do Rio, na última semana, concedendo ao traficante o direito a recorrer em liberdade da condenação a 15 anos de prisão em processo no qual foi acusado de envolvimento na guerra pelo controle da favela da Rocinha em 2017. Por conta das outras condenações anteriores contra Celsinho, caberia à Vara de Execuções Penais decidir se ele seria solto ou não.

O juiz Marcelo Rubioli, a pedido da defesa, deferiu pedido para excluir da pena total de Celsinho a condenação referente à guerra da Rocinha. Os advogados também solicitaram a extinção do restante da pena, alegando que já tinha sido cumprida pelo traficante. Esse pedido foi negado por Rubioli, sob alegação de que ainda há pena pecuniária, ou seja, uma multa a ser paga.

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Na decisão, Rubioli determinou a expedição do alvará de soltura, o que ainda não tinha ocorrido até a manhã desta terça-feira. De acordo com Max Marques, advogado de Celsinho, o documento só deve ser expedido à tarde.

A entrada do presídio Lemos de Brito, no Complexo Penitenciário de Gericinó
A entrada do presídio Lemos de Brito, no Complexo Penitenciário de Gericinó Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

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Em nota, o advogado de Celsinho, Max Marques, afirma que a 3ª Câmara Criminal e a VEP “apenas desfizeram a enorme injustiça imposta a Celso, incriminado em razão de interesses escusos, presunções preconceituosas de culpa e investigações mal feitas. Felizmente, certamente em razão da abundância de provas descobertas pelo Gaeco, a 3ª Câmara Criminal não se deixou intimidar pela argumentação chantagista daqueles que hoje culpam a todos, menos a si mesmos, pelo fato de se encontrarem na condição de acusados e de estarem correndo o risco de perderem as suas liberdades pelo mal praticado”.

A nota diz ainda que, “mesmo quando não havia nenhuma esperança, sempre procuramos dar o nosso melhor para que um dia a justiça fosse feita e hoje estamos muito felizes em ver que o Celso, finalmente, vai voltar para o seio de sua família, especialmente seus filhos e netos, o que já deveria ter acontecido há muito tempo. Parafraseando James Sherman: ‘Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim’.”

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* Estagiário sob supervisão de Carolina Heringer

Fonte: Fonte: Jornal Extra