A namorada de Ana Paula Campestrini, Luana Melo, e amigos dela fizeram uma manifestação em frente à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (25), no Centro de Curitiba. Eles se reuniram para pedir justiça pelo assassinato de Ana Paula, ocorrido na última terça-feira (22), no bairro Campo Comprido, em Curitiba. Ela foi morta a tiros dentro do carro quando chegava em casa.

Em entrevista à Banda B, Luana Melo, que namorava com a vítima há cerca de dois anos, afirmou que o crime é imperdoável. O ex-marido de Ana, Wagner Cardeal Oganauskas e Marcos Antônio Ramon, amigo dele, são suspeitos do crime e estão presos preventivamente. O ex-marido nega o envolvimento no crime.
“Uma atitude sem desculpas, não tem como perdoar. O que ele fez com a Ana Paula não tem perdão. Se ela tivesse alguma vez ameaçado, se ela quisesse retirar a guarda dos filhos dele, assim mesmo não justificaria, mas ao menos ele teria uma desculpa entre aspas”, disse.
De acordo com Luana, Ana não relatou ou apresentou queixas em relação à conduta do ex-marido, embora a polícia nas investigações tenha encontrado indícios de uma relação conturbada de Ana com Wagner.
“Quando eu a conheci, ela defendia ele. Dizia que ele era um pai incrível, que ele nunca deixou falar nada e ele era um ótimo marido, ela dizia. Então não dá para perdoar”, lamentou.
Uma amiga da Ana, Tânia Esteves, pediu justiça para o caso.
“Ficamos muito chocados porque foi crime bárbaro e ela era uma excelente pessoa. Queremos que a justiça seja feita”, disse.
Investigação
A Polícia Civil suspeita que a motivação para o assassinato de Ana Paula pode estar ligada a uma disputa de bens e a guarda dos filhos com o seu ex-marido.
De acordo com a delegada Camila Ceconello, Ana pediu o divórcio ao se declarar homossexual. Os processos e disputas judiciais teriam começado nesse momento e se arrastam há mais de 3 anos.
Segundo a polícia, Ana foi morta no dia em que conseguiu uma autorização para uma carteirinha em que poderia acessar o clube onde os filhos praticavam esportes. Associação que era presidida pelo ex-marido da vítima.
O clube em questão afastou Wagner e Marcos de suas funções nesta quinta-feira por conta das investigações.
Fonte: Banda B