Os quatro acusados pelo assassinato do advogado criminalista, Leonardo Ivankio Sudul, foram condenados no Tribunal do Júri de Curitiba nesta quarta-feira (10). As penas chegaram até 28 anos e seis meses de reclusão. Cabe recurso da decisão.
O assistente de acusação, o advogado Cláudio Dalledone Júnior, afirmou em entrevista à Banda B que a família de Sudul está satisfeita com o resultado. “A acusação conseguiu êxito em 99,9% daquilo que pediu desde o início. Existiu apenas um resultado que não alcançou a acusação, contudo isso vai ser alvo de recurso. Esperamos que tenha sido uma resposta a todos aqueles que imaginam que é possível matar os operadores do direito e que a coisa vai ficar em branco. A quadrilha recebeu a resposta adequada”, disse Dalledone.
Leandro Cubas Lima foi condenado apenas por associação criminosa armada com pena de 1 ano, 2 meses e 12 dias de reclusão.
Kleverson Hilhian Silva Prestes foi condenado por homicídio qualificado e associação criminosa armada, porém recebeu a absolvição pelo crime de destruição de cadáver . A pena é de 23 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão.
A defesa de Kleverson, o advogado Nilton Ribeiro de Souza, diz que vai recorrer da decisão. “A condenação foi bem apertada, por 4 votos a 3. A gente já recorreu e espera que o tribunal reverta isso”, afirmou.
Outro envolvido no crime, Nixon dos Santos Benites foi condenado por homicídio qualificado, associação criminosa armada e destruição de cadáver com pena de 24 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, bem como 96 dias-multa.
O réu Kaleu Cordeiro de Almeida, que teria sido o executor do assassinato, foi condenado por homicídio qualificado, associação criminosa armada e destruição de cadáver. Ele recebeu a maior pena entre os quatro condenados, 28 anos e 6 meses de reclusão, além de 112 dias-multa.
Almeida combinou encontro com a vítima para supostamente tratar de um processo ao qual eles respondiam, quando o crime aconteceu. Na denúncia, o Ministério Público do Paraná sustentou que o crime ocorreu por motivo torpe (em razão de desentendimento relacionada à atividade profissional) e utilizou meio que dificultou a defesa da vítima, atraída para uma emboscada.
O crime
O advogado criminal foi morto a tiros, supostamente por encomendada denarcotraficantes do bairro Parolin, em Curitiba. O crime aconteceu no final da tarde do dia 6 de novembro de 2017.
Após o crime, os autores ainda atearam fogo no carro da vítima, que foi encontrada carbonizada debaixo de uma ponte no bairro Uberaba.
A motivação do crime teria sido um descontentamento na relação entre cliente e advogado, já que Sudul era o defensor do réu na acusação de tráfico de drogas.
Fonte: Banda B