Os acusados de envolvimento na morte do agente penitenciário do presídio federal de Catanduvas, Alex Belarmino de Souza, assassinado em 2016, em Cascavel, no oeste do estado, vão a júri popular no próximo dia 13 de dezembro, em Curitiba, de acordo com a Justiça Federal do Paraná. A vítima tinha 36 anos e a morte teria sido encomendada por uma facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Penitenciária Catanduvas
Foto: Isaac Amorim/Ministério da Justiça

Ao todo são 14 denunciados, mas somente oito irão a julgamento no momento. O processo foi inicialmente desmembrado por ter recursos de quatro réus pendentes nos Tribunais superiores, e novamente dividido para racionalizar as sessões de julgamento.
Segundo o juízo responsável pelo Tribunal do Júri, ouvir todas as partes do processo deve demorar alguns dias até a deliberação da sentença.

O CASO

Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o Alex Belarmino de Souza foi morto com 23 tiros em uma emboscada. Lotado no Departamento Penitenciário Nacional, órgão do Ministério da Justiça, o agente penitenciário trabalhava temporariamente no presídio federal de Catanduvas, a 55 km de Cascavel, onde ministrava cursos de tiro.

De acordo com o inquérito aberto para investigar o caso, o agente teve a morte encomendada por integrantes do PCC, facção criminosa que atua dentro e fora de presídios. O ato foi uma represália às ações de combate contra o grupo.
Em 2017, a servidora pública federal que atuava como psicóloga na Penitenciária de Catanduvas, Melissa Almeida, também foi morta pela mesma facção criminosa. O júri neste caso está previsto para acontecer em janeiro.