Acusado por morte de engenheiro após briga na Rua Itupava é condenado a 6 anos de prisão


O réu Anderson Faria de Jesus, de 28 anos, acusado de ter assassinado a facadas o engenheiro mecânico Roberto Tiepolo Júnior, de 42 anos, foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri de Curitiba nesta terça-feira (29), após 12 horas de julgamento. O crime aconteceu após uma briga em um bar na Rua Itupava, em fevereiro de 2019.

Roberto Tiepolo Jr morreu após a briga em fevereiro de 2019 – Foto: Reprodução

O júri popular acatou a tese da defesa de que Anderson não teve a intenção de matar Roberto. Desta forma, prevaleceu a tese da defesa desqualificando o homicídio doloso e condenando Anderson por lesão corporal seguida de morte.

“Um dos principais argumentos da defesa foi a ausência da vontade de matar, o que ficou comprovado no processo. Anderson ficou em choque após saber da morte de Roberto”, afirmou o advogado Leonardo Mateus Nolli, em entrevista à Banda B.

O réu foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por homicídio qualificado. O MPPR sustentou como qualificadora recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que teria sido perseguida pelo denunciado e outros três homens. Depois de perseguido, foi espancado e morto no estacionamento de um bar na Rua Itupava.

Câmeras flagraram agressões (Reprodução)

Os outros três amigos de Anderson, que estavam no local no momento da briga, foram condenados pela vara criminal por lesão corporal seguida de morte, mas não chegaram a ser presos. O trio confessou o envolvimento nas agressões, que segundo eles teriam sido motivadas pela atitude provocadora de Roberto, porém não confirmou participação no homicídio, que ocorreu após a confusão.

Já Anderson, em razão da denúncia por homicídio, foi a júri popular. “Esta decisão coloca em pé de igualdade Anderson com os outros três réus que estavam no local no momento da briga. Anderson foi tratado agora de forma isonômica”, completou Nolli.

Anderson foi preso logo depois do crime e permanece detido até hoje, restando agora cerca de quatro anos e meio da pena.

Outro lado

A Banda B buscou o Ministério Público do Paraná para ouvir a promotoria em relação a decisão do júri e aguarda retorno.



Fonte: Banda B