Acusado de matar ex que não aceitou reatar relacionamento será julgado nesta terça


O Tribunal do Júri de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, julga nesta terça-feira (31) o homem acusado pela morte da ex, Thatiane Borges de Oliveira, de 37 anos. Darci da Luz está preso desde a ocorrência do crime, 30 de abril de 2020. Na ocasião, a Polícia Civil informou que Thatiane foi morta por não aceitar reatar o relacionamento entre eles.

Reprodução

De acordo com o advogado da família de Thatiane, Ygor Nasser Salmen, são vários crimes e a assistência de acusação espera a condenação por todos. “Ele [Darci] não nega a prática do crime e deixa claro que a intenção dele era se matar após o ocorrido. É uma pessoa que não demonstra arrependimento, fria e covarde, não só porque tirou a vida de uma mulher linda, como deixou uma família desestruturada”, disse.

O crime aconteceu na Rua Aurora, no Jardim Eucaliptos. Thatiane foi morta no momento em que pegaria um ônibus para o trabalho. Na ocasião, Darci assumiu o feminicídio para a Polícia Civil e disse que fez isso porque a vítima não aceitava voltar pra ele. O acusado afirmou ainda que somente não se suicidou porque as balas que teriam sobrado no tambor da arma caíram.

Na denúncia formulada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), Darci responde pelos crimes de homicídio, qualificado por motivo torpe, não permissão de defesa da vítima e feminicídio; descumprimento de medida protetiva; ameaça; e porte de arma de fogo

Perseguições

Salmen explica que Thatiane já era perseguida por Darci antes mesmo do crime, tanto que ela já possuía duas medidas protetivas contra ele. “Ele achava que tinha um controle sobre ela e infelizmente o pior precisou acontecer para que algo fosse feito. É reflexo do que a gente vê hoje no nosso Poder Judiciário, em que casos de ameaça e menor potencial ofensivo são relevados. Darci só está sendo responsabilizado de forma mais efetiva porque ela morreu. É esse cenário que lutamos para mudar, para que não chegue a esse extremo. Para que toda vez que uma mulher gritar, tenha o devido respaldo. Para que não aconteça o pior para que ela seja vista com outros olhos”, concluiu.

A Banda B tentou contato com a defesa de Darci, mas não obteve sucesso. O espaço está aberto para manifestação.





Fonte: Banda B