Acusado de matar ex que não aceitou reatar relacionamento é condenado a 21 anos de prisão


O homem acusado pela morte da ex, Thatiane Borges de Oliveira, de 37 anos, foi condenado a 21 anos 3 meses e 28 dias de prisão, em julgamento na terça-feira (31), no Tribunal do Júri de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (RMC).

Reprodução

Na denúncia formulada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), Darci da Luz respondia por diversos crimes. Ele está preso desde 30 de abril de 2020. Na ocasião, a Polícia Civil informou que Thatiane foi morta por não aceitar reatar o relacionamento entre eles.

O acusado foi condenado por ameaça, descumprimento de medida protetiva, posse ilegal de arma de fogo, homicídio, feminicídio, sem possibilitar a defesa da vítima.

Em nota, o advogado da Família, Ygor Nasser Salah Salmen, afirmou que “está satisfeito com a condenação imposta pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri e que sempre confiou que a justiça seria feita, principalmente pelo fato de que a população de Fazenda Rio Grande está cansada dos descasos contra as mulheres“, disse.

O crime

O crime aconteceu na Rua Aurora, no Jardim Eucaliptos. Thatiane foi morta no momento em que pegaria um ônibus para o trabalho. Na ocasião, Darci assumiu o feminicídio para a Polícia Civil e disse que fez isso porque a vítima não aceitava voltar pra ele. O acusado afirmou ainda que somente não se suicidou porque as balas que teriam sobrado no tambor da arma caíram.

Perseguições

Salmen explica que Thatiane já era perseguida por Darci antes mesmo do crime, tanto que ela já possuía duas medidas protetivas contra ele. “Ele achava que tinha um controle sobre ela e infelizmente o pior precisou acontecer para que algo fosse feito. É reflexo do que a gente vê hoje no nosso Poder Judiciário, em que casos de ameaça e menor potencial ofensivo são relevados. Darci só está sendo responsabilizado de forma mais efetiva porque ela morreu. É esse cenário que lutamos para mudar, para que não chegue a esse extremo. Para que toda vez que uma mulher gritar, tenha o devido respaldo. Para que não aconteça o pior para que ela seja vista com outros olhos”, concluiu.

O espaço da Banda B está aberto para manifestação da defesa do condenado.





Fonte: Banda B