“A pessoa que mais sofre com isso sou eu”, diz homem que matou esposa e enteado na RMC


Elizeu de Casto Silva, de 31 anos, falou pela primeira vez neste sábado (4) sobre a morte da esposa Ivanilda Magalhães, de 32 anos, e do enteado Renan de Magalhães Ribeiro, de nove. Na Delegacia de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, ele afirmou que cometeu o crime por estar sob efeito de drogas e garantiu ser a pessoa que mais está sofrendo com o ocorrido.

“Ao contrário do que foi dito há pouco, que sou sangue frio e não tenho remorso, a pessoa que mais sofre com o ocorrido, por incrível que pareça, sou eu. No meu estado normal, em sã consciência, jamais teria capacidade de fazer mal para um cachorro, minha família sabe. Uma força maior negativa me tomou e eu não sei o que me levou a fazer isso. Nada justifica”, disse o detido.

Elizeu foi preso pela Guarda Municipal na Avenida Wenceslau Braz, no bairro Guaíra, em Curitiba. Segundo o agente Pelechati, Elizeu não reagiu. “Ele primeiro deu o nome errado, mas em perguntas ele confessou o crime. Segundo ele, foi um surto psicótico que o motivou. O problema é que é uma pessoa fria, então a gente fica abismado com todo o ocorrido”, explicou.

Ao ser identificado, Elizeu não reagiu e logo foi encaminhado para a Polícia Civil.

O delegado Paulo Caldas informou que Elizeu foi imediatamente encaminhado ao Centro de Triagem, uma vez que ele ameaça suicídio. “Foi incessante a busca para a captura dele, já que há mesmo um clamor popular pela prisão dele. Agora nós vamos fazer o interrogatório, para saber a motivação e saber o motivo pelo qual cometeu esse crime cruel”, disse.

O crime

O crime cometido por Elizeu de Castro Silva aconteceu no dia 1 de setembro, na Rua Nova Jerusalém, na Planta Deodoro, em Piraquara. Morreram a facadas Ivanilda Magalhães, de 32 anos, e Renan de Magalhães Ribeiro, de nove. A filha de Elizeu e Ivanilda, de quatro anos, foi poupada e ficou trancada dentro de casa com os corpos.

Reprodução

O advogado que representa a família de Ivanilda, Igor José Ogar, agradeceu a Guarda Municipal pela prisão. “Esse surto que o assassino alega, não existiu. Pois se trata de um surto seletivo, conveniente, pois a si próprio só “pensou” em tirar a própria vida. Sua filha biológica não a matou, embora tenha cometido o crime de abandono de incapaz, deixando a própria filha trancada em casa, onde viveu cenas de um filme de terror, assistindo o irmão e a Mãe, mortos, por mais de 12 horas. Ele não pensa para derramar o sangue alheio. O surto só se faz presente se for para fazer mal a outros. Por qual razão não se entregou? Estava “pensando” em se entregar? Ele sabia muito bem o que fazia, tanto que fugiu. Iria se apresentar quando? Surto psicótico eterno? Esperamos que ela vá a júri, e a sociedade de Piraquara dê uma resposta severa a altura do crime praticado. Alguém precisa deter esse marginal”, disse.





Fonte: Banda B