O julgamento da morte da psicóloga Melissa Almeida de Araújo, foi anulado, neste sábado (28), pela Justiça Federal. A ação aconteceu após pedido da defesa dos cinco acusados, depois de passarem seis dias do júri popular que começou na última segunda-feira (23), em Curitiba.

Foto: Reprodução Catve

O advogado de defesa Cláudio Dalledone Jr. afirmou que o pedido foi feito após os promotores do caso apresentarem uma documentação inédita, que não havia sido juntada previamente nos autos do processo.

“No sexto dia de julgamento, ao iniciar os debates, a acusação feita pelos procuradores da república se utilizou de uma documentação inédita, essa documentação não tinha sido juntada aos autos. A requerimento da defesa, a juíza dissolveu o conselho de sentença porque, dessa forma, acometeria todos de surpresa. Isso é uma ilegalidade que anularia, como anulou, todo o julgamento”, comentou.

Não há previsão para uma nova data da reabertura do processo que corre sob segredo de justiça.

Crime

Melissa foi morta a tiros em maio de 2017, quando chegava em casa acompanhada do esposo e do filho, na cidade de Cascavel, no sudoeste do Paraná. A mulher trabalhava na Penitenciária Federal de Catanduvas. Naquele dia, o marido de Melissa, que é policial civil, ficou gravemente ferido.

De acordo com um Inquérito da Polícia Federal, a psicóloga teria sido morta por encomenda de uma facção criminosa, que fez uma emboscada para ela e para o policial civil. A morte pode ter relação com o trabalho de Melissa, aponta as investigações.