Zimbábue vai sacrificar 200 elefantes para enfrentar escassez de alimentos causada pela seca




Seca no sul da África é a pior em décadas. Namíbia anunciou medida semelhantes para destinar carne a pessoas que estão passando fome. Grupo de elefantes no Parque Nacional de Hwange, no Zimbábue, em outubro de 2019
REUTERS/Philimon Bulawayo
O Zimbábue vai sacrificar 200 elefantes para enfrentar a escassez de alimentos causada pela pior seca em décadas no sul da África. As autoridades anunciaram a medida nesta sexta-feira (13).
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Segundo o ministro do Meio Ambiente, o país tem “mais elefantes do que precisa”. Ele disse que ordenou à Autoridade de Parques e Vida Selvagem do país (ZimParks) que proceda com a matança seletiva.
Os 200 elefantes vão ser caçados na reserva natural de Hwange, a maior do país. As informações foram confirmadas pelo diretor-geral da ZimParks, Fulton Mangwanya, à AFP.
Calcula-se que o Zimbábue abrigue 100 mil elefantes, a segunda maior população do mundo, depois de Botsuana. Segundo a ZimParks, existem 65 mil desses mamíferos apenas em Hwange, quatro vezes mais do que o parque pode abrigar.
No fim de agosto, a Namíbia anunciou uma medida semelhante para sacrificar 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes.
O governo disse que os animais serão usados para alimentar pessoas que passam fome por causa da seca. O objetivo não é apenas oferecer carne para milhares de pessoas, mas também aliviar a pressão sobre os recursos hídricos.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) estima que restem cerca de 415 mil elefantes no continente africano, contra mais de 3 milhões no começo do século XX.
Os elefantes asiáticos e africanos estão ameaçados de extinção, menos as populações da África do Sul, Botsuana, Namíbia e do Zimbábue, onde são consideradas apenas “vulneráveis”.
Namíbia e Zimbábue estão entre os países do sul da África que declararam estado de emergência devido à seca.
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