Pesquisadores conseguiram criar um hidrogel curativo que ajuda a curar feridas na pele em tempo recorde. A nova abordagem combina força e regeneração.
Em testes, o material se recuperou sozinho em 4 horas e surpreendeu até a equipe de cientistas. Os resultados foram publicados na revista Nature Materials.
“Hidrogéis rígidos, fortes e auto-regenerativos têm sido um desafio há muito tempo. Descobrimos um mecanismo para fortalecer os hidrogéis convencionalmente macios. Isso pode revolucionar o desenvolvimento de novos materiais com propriedades bioinspiradas”, explicou Hang Zhang, de Aalto.
Recuperação incrível
Criar materiais sintéticos que imitam a pele humana sempre foi um desafio para os cientistas. Os hidrogéis criados até hoje, não conseguiam combinar rigidez, flexibilidade e capacidade de regeneração. Agora isso mudou.
Quando cortado, em testes, o novo hidrogel se reconectou sozinho e atingiu de 80 a 90% de recuperação em apenas quatro horas.
Ao todo, ele é formado por 10.0000 camadas de nanofolhas por milímetro. É tão resistente quanto a pele humana!
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O hidrogel revolucionário
O novo gel usa nanofolhas de argila no produto. Com essa estrutura, o material ficou resistente, flexível e com boa capacidade de auto-reparo.
O processo para criação é bem simples: um pó de monômeros é misturado com água contendo nanofolhas e exposto à luz UV.
“Quando os polímeros estão completamente emaranhados, eles são indistinguíveis uns dos outros. Eles são muito dinâmicos e móveis no nível molecular, e quando você os cortas, eles se entrelaçam novamente”, explicou Chen Liang, da Universidade de Aalto, na Finlândia.
Além da medicina
A descoberta não vai se limitar apenas ao tratamento de feridas.
Os cientistas acreditam que o material pode ser usado na fabricação de sensores para robótica, pele artificial e dispositivos para administrar medicamentos.
Todavia, a tecnologia está em estudos ainda e deve demorar um tempo até chegar ao mercado.
O hidrogel capaz de curar feridas em 4 horas é a nova aposta da ciência. – Foto: Margot Lepetit A pesquisa foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Aalto, na Finlândia. – Foto: Universidade de Aalto
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