NASA descobre vida em Marte e cientistas comemoram



NASA e a vida em Marte: a chamada “mancha de leopardo” marca um mineral conhecido na Terra por sua produção por micróbios – Foto: NASA / JPL-Caltech / MSSS

Perguntas antigas sobre o Planeta Vermelho começam a ser respondidas. A NASA descobriu indício de vida em Marte: Os minerais vivianita e greigita, conhecidos aqui na Terra por sua produção por micróbios, foram encontrados em uma amostra de perfuração feita no local pelo rover Perseverance.

A chamada “mancha de leopardo”, descoberta em Marte, está sendo comemorada por cientistas.

“Esta descoberta da Perseverance é o mais próximo que já chegamos da descoberta de vida em Marte. A identificação de uma potencial bioassinatura no Planeta Vermelho é uma descoberta inovadora e que avançará nossa compreensão de Marte”, afirmou o administrador interino da NASA, Sean Duffy.

Bactérias e micróbios

De acordo com a Sociedade Mineralógica da América, a greigita é formada por bactérias magnetotáticas e bactérias redutoras de sulfato em solos de lagos ou fontes hidrotermais.

É um dos vários materiais que, segundo os cientistas, poderiam ter atuado como catalisadores para a origem da vida. E eles explicam: uma determinada unidade de greigita, à base de ferro, está presente em uma proteína necessária para conduzir a via da acetil-COA — um processo metabólico fundamental.

Já a vivianita é um mineral de fosfato de ferro hidratado encontrado em fósseis, conchas de bivalves e gastrópodes, e em cemitérios e caixões humanos; o resultado de uma reação química do corpo em decomposição com o invólucro de ferro.

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Onde foram encontradas

A vivianita e a greigita foram encontradas em uma amostra de núcleo coletada recentemente em Neretva Vallis, um antigo canal fluvial com cerca de 400 metros de largura que alimentava o lago no fundo da Cratera de Jezero, o local onde a Perseverance iniciou sua busca por vida microbiana há mais de 5 anos, em Marte.

“O compromisso da NASA com a condução de Ciência Padrão Ouro continuará enquanto buscamos nosso objetivo de colocar botas americanas no solo rochoso de Marte”, informou o GNN.

O Earth.com informa que os sedimentos da amostra apresentaram um anel de vivianita penetrado por pequenos núcleos de “mancha de leopardo” enriquecidos em greigita, um padrão que corresponde a uma sequência observada na vivianita mediada biologicamente pela influência da transferência de elétrons extracelular, outra via metabólica fundamental, documentada em sedimentos biologicamente vivos da Terra.

Nasa e a vida em Marte

Com uma bioassinatura tão forte sendo encontrada em 6 anos de exploração, há grandes chances de outras evidências de ciclagem mineral semelhantes serem descobertas em amostras ou missões futuras.

Porém, nenhuma dessas evidências prova que as amostras de Neretva Vallis foram produzidas por micróbios, mas certamente é o mais próximo que os cientistas já chegaram de detectar evidências de vida no Planeta Vermelho.

A descoberta se refere ao período no qual Marte teria sido habitável, quando este canal fluvial era úmido, uma data de referência importante para estudos futuros.

Até lá a presença da greigita e da vivianita bióticas em Mate vão ser usadas para descobrir se Marte já foi habitado por micróbios.

NASA e a vida em Marte: a chamada “mancha de leopardo” marca um mineral conhecido na Terra por sua produção por micróbios – Foto: NASA / JPL-Caltech / MSSS

NASA e a vida em Marte: a chamada “mancha de leopardo” marca um mineral conhecido na Terra por sua produção por micróbios – Foto: NASA / JPL-Caltech / MSSS



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