Criança é quarta vítima fatal do acidente que ocorreu no sábado (16) em São Francisco, na Califórnia. ONG da cidade promove campanha para endurecimento das leis de trânsito e faz memorial para a família no local do atropelamento. O casal Diego Cardoso de Oliveira e Matilde Ramos Pinto, mortos durante atropelamento em San Francisco, na Califórnia.
Reprodução/Redes Sociais
A quarta vítima do atropelamento que matou uma família luso-brasileira em São Francisco, na costa oeste dos Estados Unidos, no último sábado (16), não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quarta-feira (20).
O bebê era o filho mais novo do casal Diego Cardoso de Oliveira e Matilde Ramos Pinto.
A morte da criança foi confirmada pelo jornal local San Francisco Chronicle com uma representante do poder Legislativo municipal.
Segundo Myrna Melgar, a criança havia sido colocada em cuidados paliativos devido à gravidade dos ferimentos sofridos.
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A autora do atropelamento foi identificada como Mary Fong Lau, de 78 anos. Ela dirigia uma SUV branca quando bateu no ponto de ônibus na Ulloa Street.
O brasileiro Diego, de 40 anos, e o filho mais velho, de apenas 1 ano, morreram na hora. Matilde chegou a ser socorrida e levada para o hospital, mas morreu no dia seguinte, aos 38 anos.
O filho mais novo do casal foi encaminhado ao hospital com ferimentos graves. No boletim divulgado pela polícia de São Francisco na segunda (18), o quadro de saúde dele seguia grave.
A motorista foi detida e autuada por homicídio culposo sob direção de veículo automotivo, direção imprudente resultando em ferimento e violações das leis de trânsito.
Segundo o advogado dela, Samuel Geller, a idosa já foi liberada pelas autoridades, mas segue internada no hospital. Ao g1, ele afirmou que, uma vez de alta, a cliente poderá ir para casa.
Atropelamento na Rua Ulloa, em São Francisco, nos Estados Unidos
Reprodução/Redes Sociais
Uma ONG chamada Walk San Francisco promoveu homenagens à família durante toda a quarta-feira (20), montando um memorial no local do acidente.
Memorial em San Francisco, EUA, em razão da morte da família Pinto, atropelada no sábado (16).
Reprodução/Walk San Francisco
Mensagens de carinho e saudades de amigos da família luso-brasileira foram deixadas no local, assim como flores, velas e pares de sapados dos mortos.
A ONG está promovendo uma campanha na internet para que os moradores da cidade enviem mensagens de descontentamento com o assunto às autoridades locais, para que tornem as leis de trânsito e a fiscalização mais rigorosas.
“Lamentamos os pedestres atropelados e mortos no Portal Oeste, em 16 de março de 2024. Essa é uma das piores tragédias de pedestres da história da nossa cidade. Mantemos essas vidas lindas e preciosas em nossos corações hoje e seguimos em frente. Mas, por favor, envie um e-mail a todos os líderes da cidade mostrando que São Francisco está unida para uma mudança real em nossas ruas’, declarou a Walk San Francisco.
Diego era de São Paulo e fez faculdade de design digital, na Anhembi Morumbi, na capital paulista. Após trabalhar em agências de publicidade no Brasil e no Reino Unido, se mudou para os Estados Unidos, onde atuava como diretor de criação associado à Apple.
A portuguesa Matilde Ramos estudou em Lisboa e trabalhava como produtora executiva de filmes na empresa RSA Films, primeiro em Londres e depois na Califórnia. Ela estava casada com Diogo há cerca de quatro anos.
O caso segue sob investigação.
G1 Mundo