
A emoção dessa mãe, que conseguiu ouvir o coração da filha falecida batendo novamente, é indescritível. A cena aconteceu com Felicia Hill, dos Estados Unidos, ao encontrar Addison McArthur, uma menina canadense que hoje vive graças ao transplante do coração da pequena Audrey, que morreu com apenas seis dias de vida.
Addison nasceu com um problema raro no coração, chamado miocardiopatia não compactada do ventrículo esquerdo. Ela enfrentou os primeiros dias de vida lutando para sobreviver e precisava urgentemente de um transplante. A salvação veio do lugar mais inesperado, por meio de uma mãe que, mesmo em meio à dor da perda, escolheu doar.
Hoje, as duas famílias mantêm um laço de amor e gratidão que nasceu da dor, mas se transformou em esperança. E o som do coração de Audrey, agora no peito de Addison, mostra o quanto a doação de órgãos é importante.
Salvando uma vida
Logo após o nascimento, o lado esquerdo do coração de Addison parou de funcionar. A situação era grave e ela foi colocada no topo da lista de espera para transplantes. Sem um novo coração, ela não resistiria por muito tempo.
A resposta veio de Nevada, nos Estados Unidos. A pequena Audrey Sullenger faleceu de forma inesperada, e a mãe, Felicia Hill, autorizou a doação dos órgãos da filha. O coração de Audrey viajou quilômetros até o Canadá, onde seria transplantado em Addison.
Audrey se tornou a doadora mais jovem do estado naquele ano. E o nome do meio, Hope (esperança), se transformou em símbolo real para uma nova vida que acabava de começar.
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O encontro
Durante muito tempo, Elaine Yong, mãe de Addison, desejou conhecer a família que havia salvado a vida da filha. Porém, como é comum nesse tipo de processo, os dados do doador eram mantidos em sigilo.
Mesmo assim, ela escreveu uma carta de agradecimento um ano após o transplante, e essa mensagem chegou até Felicia.
A conexão foi imediata. As duas mães se encontraram e Elaine levou um estetoscópio. Felicia pôde ouvir, de fato, o coração da filha batendo mais uma vez, agora no peito de Addison.
“Eu só queria abraçá-la”, contou Felicia, emocionada, ao GNN. “Senti uma conexão imediata, sabendo que outra mãe poderia criar seu filho. Isso me deu tanta felicidade.”
Ajuda outras famílias
Após a experiência, Elaine passou a trabalhar na BC Transplant, organização responsável por doações e transplantes na Colúmbia Britânica. Desde então, ela e Felicia se tornaram defensoras ativas da doação de órgãos, participando de campanhas e ações de conscientização nas redes sociais e em eventos oficiais.
“Elas estão salvando vidas”, disse Elaine em um vídeo emocionado. “Não importa quantos doadores estejam na lista, cada um faz uma diferença enorme.”
Em abril, Elaine celebrou o aniversário de 14 anos de Addison com uma postagem emocionante no Facebook.
A menina, que nasceu à beira da morte, agora tem uma vida cheia de momentos incríveis: nadou com peixes-boi, viu a aurora boreal, usou aparelho ortodôntico e assistiu a shows.
Tudo isso foi possível graças a um único gesto de amor.
Veja o post da família (em inglês):
So Notícia Boa