Vencer uma ultramaratona é um feito para poucos, e essa mãe foi além: ganhou a corrida em primeiro lugar enquanto amamentava a filha. Ao longo dos 100km, ela parou várias vezes e ainda assim cruzou a linha de chegada 4 minutos na frente da segunda colocada.
A canadense Stephanie Case, mãe da pequena Pepper, deu à luz há seis meses. Com 42 anos, ela não desafiou apenas os próprios limites físicos e emocionais, mas quebrou barreiras sobre o que significa ser mãe, atleta e mulher. Stephanie ganhou a corrida este mês na Grã-Bretanha.
Além de parar para amamentar, ela também largou 30 minutos depois dos outros competidores, porque não tinha o índice de classificação especial. “Embora tenha partido meu coração, deixar a pequena Pepper nos postos de atendimento, eu queria mostrar a ela, a nós duas, o quão incríveis as mães corredoras podem ser”, disse em entrevista ao Australian Broadcasting Corporation.
Jornada começou antes
A jornada para cruzar a linha de chegada começou muito antes. Stephanie ficou três anos longe das corridas. Nesse meio tempo, enfrentou uma dura batalha contra abortos espontâneos e frustrações em tratamentos de fertilização.
Em novembro, ela deu à luz à Pepper.
Pouco após o parto, decidiu se inscrever na ultramaratona de Snowdonia, no País de Gales. O objetivo não era ganhar, mas reencontrar a paixão pela corrida. E conseguiu muito mais que isso.
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Amamentando durante a prova
Durante a prova, a corredora contou com o apoio do parceiro, John Roberts, que levava o bebê aos pontos de apoio para que a pequena pudesse ser amamentada.
Enquanto Pepper se alimentava, Stephanie também fazia o mesmo. Nas pausas, comia frutas e se hidratava bastante.
Mesmo com o atraso de 30 minutos na hora de largar, ela não se deixou abalar e deu tudo de si para recuperar o prejuízo.
Correu toda a prova como pretendia e, para a surpresa dela, cruzou a linha de chegada com o melhor tempo entre todas as mulheres: 16 horas, 53 minutos e 22 segundos.
“Eu ganhei? Acho que repeti isso dez vezes”, disse ela.
Orientação médica
Para garantir que tudo fosse feito com segurança, a atleta contou com orientação médica e esportiva.
Todos os treinos foram adaptados ao pós-parto e à amamentação.
Mesmo assim, a mulher não quis romantizar a maternidade e disse que teve sorte por estar bem.
“Tenho sorte de estar fisicamente bem depois do parto (embora tenha exigido muito trabalho do assoalho pélvico!). Outras não têm tanta sorte. E sejamos realistas, quando comecei a ter ânsias de vômito, perdi todo o controle da bexiga depois de 95 km.”
Prova alvo
Stephanie disse que vai descansar um pouco, mas logo logo estará de volta aos treinos.
E a ultramaratona de Snowdonia foi apenas um aquecimento para a Hardrock Endurance Run, marcada para julho, nos Estados Unidos.
“Não existe ‘retorno’ após o parto. Existe apenas a próxima fase. E seja qual for a situação, dentro ou fora da trilha, será o ideal para você”, encorajou outras mães.
Veja um pouquinho da corrida dela:
A corredora deu tudo de si e no final foi surpreendida com a vitória. – Foto: @theultrarunnergirl /Instagram
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