Lobo-marinho resgatado debilitado em maio de 2024 em Ilhabela é avistado no Uruguai – Notícias das Praias


 

Um exemplar juvenil de lobo-marinho sul-americano (Arctocephalus australis), resgatado debilitado em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, em maio de 2024, foi recentemente reavistado saudável, em uma colônia reprodutiva da espécie, na Isla de Lobos, uma formação rochosa a 8 km da costa de Punta del Este,  no Uruguai, quase no encontro do Oceano Atlântico com o Rio da Prata.

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O resgate foi realizado pela equipe do Instituto Argonauta(FOTO), próximo à balsa, e o animal estava debilitado e cansado. Ele foi encontrado em área próxima à balsa, apresentando sinais de desnutrição e exaustão. Após o resgate, o lobo-marinho foi encaminhado para tratamento e reabilitação. 

 

O  animal foi atendido e reabilitado por uma equipe multidisciplinar de biólogos, médicos-veterinários e oceanógrafos no Centro de Reabilitação e Despetrolização do Instituto Argonauta, localizado em Ubatuba/SP. O Instituto Argonauta é uma organização da sociedade civil fundada, pela diretoria do Aquário de Ubatuba, e responsável pela execução de diversas ações de conservação marinha no litoral paulista.

 

O atendimento do animal ocorreu no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), um programa exigido como condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras na produção e escoamento de petróleo e gás natural, sob coordenação do IBAMA.

 

O reavistamento, ocorreu em janeiro de 2025, na Ilha dos Lobos – Uruguai durante a campanha de monitoramento populacional da espécie, realizada pela DINARA (Dirección Nacional de Recursos Acuáticos, Uruguai). Este registro foi comunicado recentemente pela Dra Sabrina Riverón, do Departamento de Mamíferos Marinhos desta Inatituição. A identificação do indivíduo foi possível graças à marca de despigmentação aplicada durante o processo de reabilitação, e a documentação fotográfica foi gentilmente cedida pela pesquisadora Analía Bombau.

 

Segundo o Instituto Argonauta, mais do que um registro simbólico, o reavistamento representa um indicador técnico claro de sucesso no processo de reabilitação, comprovando que o animal foi capaz de retomar seu deslocamento natural e reintegrar-se a uma colônia da espécie. É também uma valiosa contribuição científica para o conhecimento sobre a biologia e os padrões migratórios dessa espécie – A. australis.



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