Polêmicas à parte, a legalização da maconha recreativa abriu uma nova fonte de arrecadação para ajudar famílias carentes nos Estados Unidos. O imposto cobrado sobre a venda está ajudando a manter filhos na escola, pagar o aluguel e comprar comida.
Mais de 80 famílias começaram a receber, este mês, uma renda mensal de US$ 750, o equivalente a R$ 4 mil por mês, no estado do Novo México. Elas vivem em dois distritos onde alunos têm baixo desempenho acadêmico.
A iniciativa faz parte de um programa de renda básica, aprovado pela cidade, com um orçamento de mais de US$ 4 milhões. Desse total, mais de US$ 2 milhões vieram diretamente dos impostos sobre a cannabis, informou o site Business Insider.
As críticas
O programa que está diminuindo a desigualdade de renda e tirando famílias carentes da linha da pobreza nos EUA, tem provocado críticas, apesar dos resultados. Ele é considerado polêmico por parte da sociedade norte-americana. Alguns alegam que pode desestimular o trabalho.
Em resposta, os responsáveis pelo projeto em Albuquerque afirmaram que não se trata de dar dinheiro à toa, mas sim de investir em justiça social e bem-estar público.
De acordo com autoridades locais, experiências como esta mostram que os programas de renda básica aumentam a segurança habitacional, dão oportunidade de trabalho e ajudam a melhorar a saúde mental e a reduzir o estresse das famílias.
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Como funciona
O programa oferece a renda a famílias selecionadas em regiões vulneráveis de Albuquerque.
Lá, várias famílias enfrentam dificuldades para viver, manter os filhos estudantes e até mesmo comprar comida.
O apoio também vai além do dinheiro: a prefeitura oferece cursos de aconselhamento financeiro. Assim, as famílias conseguem viver com autonomia e segurança de forma sustentável.
Legalização e arrecadação
Com a legalização da maconha no estado, a cidade decidiu usar os recursos para corrigir injustiças históricas, especialmente entre as comunidades afetadas pela guerra contra as drogas.
Mães solo, pessoas pretas, trans, nativos americanos, asiáticos e moradores das Ilhas do Pacífico estão entre os grupos prioritários que agora estão recebendo ajuda do Estado.
“Este programa investe dinheiro onde é mais necessário, nas mãos de famílias em dificuldades que trabalham para construir um futuro melhor”, disse o prefeito Tim Keller, em um comunicado.
Em respostas as críticas, os responsáveis pelo programa disseram que estão fazendo justiça social. – Foto: Yanukit Raiva/Getty Images
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