Hospital São Paulo sofre com atraso em obras de reparação da estrutura


Com capacidade para 800 leitos, unidade de saúde ligada à Unifesp está atendendo apenas metade

Sérgio Castro/Estadão ConteúdoFachada do Hospital São Paulo (Hospital Universitário da UNIFESP)
Fachada do Hospital São Paulo, unidade de saúde universitário da UNIFESP

O Hospital São Paulo é referência em atendimento público na capital paulista. Por ano, cinco milhões de pessoas em várias partes do Estado buscam nele atendimento médico qualificado. Profissionais renomados compõem o corpo clínico, que está ligado à Universidade Federal de São Paulo e é gerido pela Sociedade Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina. No entanto, o hospital vem enfrentando sucessivas dificuldades. Nos últimos meses, foram mais de 300 demissões. A unidade tem um custo mensal de R$30 milhões e acumula uma dívida de R$450 milhões. Apesar da capacidade de abrigar 800 leitos, apenas metade está funcionando. Pacientes reclamam com frequência da falta de medicamentos. Em abril deste ano, o governo estadual anunciou um repasse de R$ 58 milhões para o Hospital São Paulo. Desse montante, R$ 8 milhões seriam destinados para a reforma do pronto-socorro, além de reparações hidráulicas e elétricas em um prazo de quatro meses. No entanto esse já passou, e as obras ainda não foram concluídas. Enquanto isso, o pronto-socorro está fechado, e pessoas que trabalham por ali dizem que a reforma está parada. Faixas foram colocadas na frente, avisando a população sobre as obras. A equipe de reportagem da Jovem Pan esteve duas vezes no hospital: em uma delas, conseguimos constatar que não havia pessoas trabalhando na reforma. Quem sofre as consequências é a população, que necessita do atendimento. Quando a reforma foi anunciada, os pacientes foram aconselhados a buscar outra unidade de atendimento mais próxima de suas residências. A Jovem Pan tentou contactar a Unifesp e com a Sociedade Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina, mas, até o fechamento da reportagem, não tivemos resposta.

*Com informações da repórter Camila Yunes



Jovem Pan