
As gêmeas Cristina e Cristiane, diagnosticadas com câncer de mama na mesma época, venceram o tratamento juntas, em Varginha (MG). – Foto: reprodução/EPTV
Que vitória incrível e dupla! Essas irmãs gêmeas, que foram diagnosticadas com câncer de mama na mesma época, venceram o tratamento juntas, em Varginha, Minas Gerais. Notícia boa para começar o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama.
A primeira a descobrir a doença foi Cristiane Souza, após saber que uma colega de trabalho estava perdendo cabelo por causa da quimioterapia; “Naquela mesma noite, durante o banho, fiz o autoexame e senti o nódulo no meu seio esquerdo. Procurei um ginecologista, que me encaminhou ao mastologista, e lá foi detectado o câncer”, contou.
Logo em seguida, Cristina, a irmã dela, decidiu se examinar também: “Pelo diagnóstico da Cristiane, eu também fiz o autoexame e descobri um nódulo no mesmo lado que o dela. Procurei o mastologista e no mesmo dia já fiz a biópsia e os exames”. A notícia boa é que as duas agora estão livres da doença.
Vitória da fé, da medicina e da união
As irmãs já concluíram o tratamento e falaram como o apoio que uma deu para a outra ajudou a superar os momentos mais difíceis.
“Nós não soltamos a mão uma da outra em nenhum momento. Tudo tem um propósito. Deus permitiu para a gente acordar para muitas coisas da vida. Seguimos firmes, sempre uma apoiando a outra”, disse Cristiane em entrevista ao g1.
Passar por tudo isso fez Cristina enxergar o câncer de forma diferente.
“A gente vê o câncer como uma doença terminal, mas não é. Acreditamos que ia dar certo e já deu tudo certo”, comemorou.
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Importância do diagnóstico precoce
O autoexame e a detecção precoce da doença ajudaram muito no tratamento das gêmeas. Hoje, segundo o Ministério da Saúde, 37% dos casos ainda são diagnosticados em estágio avançado.
E o SUS é um grande aliado porque a idade para fazer mamografia caiu de 50 anos para mulheres a partir de 40 anos de idade.
“Diagnosticar o tumor em estágio mais precoce favorece a cura e permite tratamentos menos agressivos. Uma mulher com câncer de mama menor do que um centímetro, por exemplo, pode nem precisar de quimioterapia”, explicou Bruno Aquino, coordenador de oncologia do Hospital Bom Pastor.
Dados da instituição mostra que entre 2020 e 2024 a média anual de novos diagnósticos foi de 290 casos, com maior concentração de registros precoces em mulheres de 30 a 40 anos.
Como as gêmeas estão hoje
Passado o susto, Cristina e Cristiane, que sempre compartilharam tudo desde crianças, em Varginha, agora dividem a gratidão pela vitória contra a doença.
Mais do que as roupas iguais que vestiam desde a infância, elas agora espalham esperança.
E para quem acha que a genética fez as duas terem a doença com a mesma idade, o médico Bruno Aquino lembra os fatores que podem levar ao câncer:
De 5% a 10% dos casos são genéticos, mas a maioria está relacionada aos hábitos de vida. O câncer é multifatorial. Alimentação industrializada, consumo precoce de álcool e uso de hormônios contribuem para que a doença atinja mulheres mais jovens”, alertou.
As gêmeas Cristina e Cristiane, tiveram câncer de mama e venceram juntas a doença. – Foto: reprodução/EPTV
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