Embora a Rússia acuse a Ucrânia de promover os ataques de drones em solo russo, ainda não se sabe a origem dos atos.
Para o professor de relações internacionais da Universidade Federal Fluminense Vitélio Brustolin, há diversas nuances nesta discussão.
À CNN Rádio, o pesquisador destacou que a viagem de um drone, que seria de 450km, seria “muita coisa” para não ser detectado por artilharia antiaérea.
Isso levanta a possibilidade, por exemplo, de “forças de sabotagem” dentro da própria Rússia.
“Com certeza existe insatisfação com o presidente Vladimir Putin”, completou.
Vitélio destaca que também não se pode descartar que haja forças especiais ucranianas em território russo, ou até ambas as possibilidades.
O professor lembra que a Rússia é “conhecida por defesa antiaérea” e, portanto, chama a atenção que ela tenha sido atingida, já que “deveria ter condições de se proteger, sendo a segunda maior potência militar do mundo.”
Ucrânia na OTAN
Segundo Vitélio Brustolin, a Ucrânia entrar na OTAN hoje criaria um problema já que, segundo as regras, se a Rússia lançar um míssil em território ucraniano, isso significaria que todos os países da Organização deveriam responder ao ataque.
Portanto, neste momento, seria difícil concretizar a entrada ucraniana, embora o presidente Volodimyr Zelensky pressione para tal.
*Com produção de Isabel Campos
Compartilhe: