“Envelhecer é conquista”: Parada do Orgulho LGBT+ vai homenagear idosos em SP; desbravadores


Renata Dias

02 / 05 / 2025 às 10 : 12

A tradicional Parada do Orgulho LGBT+, na Avenida Paulista, em São Paulo, será no dia 22 junho e vai homenagear idoso desbravadores. - Foto: ONG Dois Terços

A tradicional Parada do Orgulho LGBT+, na Avenida Paulista, em São Paulo, será no dia 22 junho e vai homenagear idoso desbravadores. – Foto: ONG Dois Terços

A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo vai ser diferente este ano: vai homenagear idosos com o tema: “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”. Um mapeamento, feito por pesquisadores da USP em 2024, mostrou 12% da população, quase 19 milhões de adultos no país, se identificam como assexuais, lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros (ALGBT).

A festa quer “refletir, honrar e cuidar das gerações que vieram antes”. Segundo a organização do evento, a população LGBT+ idosa enfrenta a exclusão, o abandono, a invisibilidade e a ausência de políticas públicas que assegurem uma velhice digna, segura e respeitosa, segundo o grupo Dois Terços.

A Parada LGBT+, que existe há 29 anos, vai tomar a Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 22 de junho. O evento, comandado pela ONG POLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) lembrou dos idosos que abriram caminho para a liberdade do amor: “Se hoje milhares ocupam ruas com orgulho e visibilidade, é porque tantas outras, antes delas, enfrentaram a repressão, o preconceito e a violência para que esse espaço de luta e celebração fosse possível.”

Primeiros LGBT+ famosos no Brasil

Nos anos 1960/1970, os primeiros homossexuais e travestis brasileiros começaram a se assumir publicamente e, sofrendo todo preconceito da época, começaram a abrir caminho para as novas gerações serem mais aceitas na sociedade. Um processo longo que continua.

Entre eles, nomes como a artista Cláudia Celeste, os estilistas Clodovil e Dener, as transformista Rogéria e Madame Satã. Depois vieram, Ney Matogrosso, Cazuza, Cássia Eller, Renato Russo, Angela Ro Ro, Roberta Close e Vera Verão entre outros, que emprestaram seus talentos e visibilidade para inspirar e mostrar à sociedade que a discriminação não é tolerável. É crime e mata.

E, em comunicado da organização da Parada fala desses brasileiros desbravadores:

“Muitas dessas pessoas ainda caminham entre nós. Outros já se despediram, mas permaneceram vivos na memória coletiva e nos marcos de cada conquista da comunidade. É essa herança de luta que a Parada SP homenageia em 2025: corpos que resistiram e que continuam a inspirar gerações.”

Pelas estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2025 o Brasil terá mais de 31 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, independentemente da sexualidade.

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou nossos tempos como a “década do envelhecimento saudável nas Américas”.

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Aplausos nas redes sociais

Nas redes sociais, a escolha do tema foi elogiada por internautas.

“Tema incrível….Parabéns”, reagiu uma seguidora.

“Vamos celebrar quem abriu caminhos para nossa liberdade”, completou outro.

“Parabéns pelo tema! Respeita quem tem história”, ressaltou um internauta.

“Que bom! Afinal tanta gente deu a cara a tapa”, concluiu outro.

A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo este ano será um convite à reflexão sobre a vida dos idosos e a não exclusão. Foto: Freepik

A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo este ano será um convite à reflexão sobre a vida dos idosos e a não exclusão. – Foto: Freepik



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