Alívio para os brasileiros que amam aquele cafezinho de lei. Após 16 meses seguidos de aumentos, o preço do café começou a cair e chegou a ficar quase 20% mais barato agora em julho. Já sentiu a queda no mercado aí próximo?
Os dados mostram que o grão tipo arábica ficou aproximadamente 14% mais barato e o robusta teve queda ainda maior, de 18,4%, a maior do ano. O resultado é reflexo direto do avanço da colheita no Brasil e traz um respiro para o mercado e para quem não abre mão do bom cafezinho logo cedo.
A expectativa agora é de um segundo semestre mais animador, com crescimento nas vendas, especialmente nas categorias mais populares, como o café tradicional e o extraforte. E, claro, o consumidor agradece.
Primeira queda em mais de um ano
De acordo com o indicador de inflação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o café em pó teve uma redução de 0,18% no período de 16 de junho a 15 de julho, em comparação com o mês anterior. Pode parecer pouco, mas é um sinal importante de mudança depois de tanto tempo de aumento.
O levantamento aponta que esta é a primeira queda real no valor ao consumidor desde o início de 2023. E ainda que o café continue custando aproximadamente 86,5% mais do que há um ano, a tendência é de recuo, o que já começa a ser sentido nas prateleiras dos supermercados.
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O que está por trás da queda?
O principal fator por trás da diminuição dos preços é a colheita. A safra brasileira começou em março e vai até setembro, sendo que junho e julho são os meses mais intensos. Com maior oferta no mercado, os preços naturalmente recuam.
Essa movimentação já vinha sendo observada no campo desde o início do ano, mas só agora começa a se refletir no varejo. Economistas já previam que o impacto positivo para o consumidor apareceria no segundo semestre, o que de fato começou a acontecer.
A Associação Brasileira da Indústria do Café acredita que o consumo interno vai se fortalecer ainda mais nos próximos meses, especialmente com a chegada do inverno, estação em que naturalmente se consome mais café.
Exportação pode ajudar
Apesar do otimismo, há incertezas no cenário internacional. Uma das preocupações é a tarifa de 50% imposta recentemente pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros — o que pode afetar as exportações de café.
Os EUA compram 16% do café exportado pelo Brasil, sendo nosso maior cliente. No entanto, o setor acredita que outros países, como China, Índia, Indonésia e Austrália, podem ajudar a equilibrar o cenário, já que também são grandes consumidores do café brasileiro.
Se tudo continuar como previsto, os brasileiros poderão voltar a tomar seu cafezinho favorito sem precisar pensar duas vezes no preço. E isso, convenhamos, é motivo de sobra para comemorar.
A expectativa é que o preço do café reduza ainda mais no segundo semestre – Foto: reprodução
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