Depoimento de Flávio Fontes Pereira, velejador de São Sebastião, ao DEA (Drug Enforcement Administration), a agência antidrogas dos Estados Unidos, resultou na prisão de 26 pessoas envolvidas como tráfico internacional de drogas por veleiros. Foto Capa: Reprodução Fantástico/TV Globo
Foi a partir de uma delação feita pelo velejador de São Sebastião, Flávio Fontes Pereira, de 58 anos, que a DEA (Drug Enforcement Administration), a agência antidrogas dos Estados Unidos e a polícia federal brasileira conseguiram realizar a operação Narco Vela que resultou na prisão de pelos menos 26 pessoas envolvidas no tráfico internacional de cocaína drogas em veleiros que partiam de São Sebastião e Ilhabela, entre outras cidades do litoral brasileiro, com destino a África e Europa. A informação foi divulgada pelo Fantástico, da TV Globo, em sua edição de domingo, dia 4.
O depoimento de Flávio as autoridades norte-americanas a partir de sua prisão em 2023 foi considerada como fundamental para desarticular a quadrilha que movimentou mais de 8 toneladas de cocaína transportada por veleiros nos últimos três anos. A droga transportada foi avaliada em cerca de R$ 1,32 bilhão, pela Polícia Federal. Flávio está preso em uma penitenciária da Flórida(EUA), desde 2023.
Flavio foi preso em fevereiro de 2023, quando a Guarda Costeira Americana interceptou o veleiro Lobo IV, que havia partido de Ilhabela, no Litoral Norte Paulista, com 3 toneladas de cocaína com destino a África. O veleiro, de bandeira brasileira, foi interceptado a 240 milhas da cidade de Douprou, na Guiné, oeste da África.
O veleiro foi destruído e a cocaína e o velejador Flávio foram levados para os EUA. Flávio cumpre pena na Middle Florida State Prison,” que é uma penitenciária estadual da Flórida, EUA, localizada na cidade de Middleburg, classificada como uma instalação de segurança máxima. Na penitenciária, em depoimento prestado à DEA, Flávio identificou os principais envolvidos na quadrilha, segundo ele, coordenada pelo Primeiro Comando da Capital, o PCC.
O Fantástico, em sua edição de domingo(4), contou que Flávio era um velejador dos mais experientes. Ele havia participado de expedições entre 2003 e 2012 com Amyr Klink, renomado velador brasileiro, que vive em Paraty. Segundo a reportagem do Fantástico, Flávio teria sido procurado em 2021, na cidade de São Sebastião, por integrantes da quadrilha, graças ao seu conhecimento técnico, para fazer o transporte de cocaína para o exterior em veleiros.
A primeira viagem teria sido feita em junho de 2022. Flávio teria recebido R$ 1 milhão para levar cocaína no veleiro Vela 1, que partiu de Ilhabela e recebeu a carga em alto mar, em águas internacionais, levadas por duas lanchas. A droga acabou sendo apreendida pela Polícia Espanhola, nas Ilhas Canárias(Foto ao lado). Flavio conseguiu escapar.
Segundo revelou o Fantástico, Flávio em fevereiro de 2023, iniciou uma segunda viagem, partindo de São Sebastião, b veleiro Lobo IV, carregado com três toneladas de cocaína. Em águas internacionais, o veleiro foi interceptado pala Marinha dos Estados Unidos na costa da África. A carga foi apreendida e Flávio acabou sendo preso e levado para a Florida, nos Estados Unidos, onde cumpre pena em uma penitenciária federal.
A reportagem do Fantástico tentou contato com os familiares e advogados de Flávio, mais ninguém da família teria se manifestado e ele estaria sem advogados defesa no momento. Ainda segundo a reportagem, Flávio teria conseguido reduzir a sua pena pós ter colaborado com a DEA( Drug Enforcement Administration), a agência antidrogas dos Estados Unidos.
A partir das informações de Flávio Fontes Pereira, a Polícia Federal conseguiu prender 26 pessoas na última terça-feira, dia 29, acusadas de integrar uma quadrilha que levava cocaína para a África e Europa.
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