Confira as melhores e piores praias do Litoral Norte no 1º semestre de 2025. Praia do Itaguá, em Ubatuba, foi a mais poluída


Das 91 praias avaliadas pela Cetesb, no primeiro semestre, 50 delas não registraram nenhuma poluição, entre elas, a Martim de Sá (Foto), em Caraguatatuba

 

Por Salim Burihan

 

Praia Itaguá, região central de Ubatuba

 

 

 

 

 

 

A praia Itaguá ( Foto acima), em Ubatuba, foi a praia mais poluída do Litoral Norte Paulista no primeiro semestre de 2025. O trecho da praia em frente ao número 1724 da avenida Leovigildo Dias Vieira, no Itaguá, o mar esteve impróprio para banho nas 26 semanas do primeiro semestre deste ano, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Em 2024, a praia do Itaguá, em Ubatuba, foi classificada como a mais poluída do Litoral Norte. A praia que fica na região central de Ubatuba esteve imprópria para uso em 51 das 52 semanas do ano de 2024.

 

A Cetesb faz o monitoramento da balneabilidade de 91 das 193 praias do Litoral Norte. O trecho monitorado compreende 113 dos 146 quilômetros da extensão de praias na região. Nas 91 praias, a Cetesb coleta amostra de água em 98 pontos. Algumas praias, como Maresias, por exemplo, a coleta da água do mar é feita em dois trechos da praia, na praça do Surf na travessa 15. Entre as 91 praias monitoradas no primeiro semestre, 50 delas, não registraram poluição.

 

 

No ranking das cinco praias mais poluídas do primeiro semestre em primeiro lugar está a Itaguá, em Ubatuba, com 26 semanas impróprias; em segundo lugar, o trecho do Rio Itamambuca, também, em Ubatuba, que esteve poluído em 22 das 26 semanas; em terceiro lugar a praia Pontal da Cruz, em São Sebastião, com 18 semanas impróprias para banho; em quarto lugar, está a praia do Indaiá, em Caraguatatuba, com 16 semanas poluídas; e, na quinta colocação, aparecem duas praias: Porto Grande, em São Sebastião e Prainha, em Caraguatatuba, ambas estiveram poluídas por 15 semanas no primeiro semestre.

 

 

Cidades

 

 

Em Ubatuba, entre as 32 praias monitoradas, as mais poluídas foram as praias do Itaguá(26 semanas),  Rio Itamambuca (22 semanas) e Perequê-Mirim(13 semanas). As praias do Tenório, Grande e Domingas Dias, são algumas das praias que estiveram em ótimas condições durante o primeiro semestre de 2025.

 

 

Em Caraguatatuba, entre as 13 praias monitoradas, as mais poluídas foram: Indaiá (16 semanas), Prainha (15 Semanas) e Palmeiras (7 semanas).  Estiveram em boas condições durante o primeiro semestre as praias Martim de Sá, Massaguaçu e Mococa.

 

 

Em São Sebastião, entre as 27 praias monitoradas, as mais poluídas no primeiro semestre foram: Pontal da Cruz (18 semanas), Porto Grande (15 semanas) e Deserta (13 semanas). Entre as praias que não registraram poluição no primeiro semestre estão:  Boiçucanga, Maresias e Guaecá.

 

 

Em Ilhabela, das 19 praias monitoradas, as mais poluídas no primeiro semestre foram: Veloso (10 semanas), Itaquanduba (10 semanas) e Pinto (6 semanas). Entre as praias que não registraram poluição no primeiro semestre estão: Curral, Grande e Viana.

 

Balneabilidade

 

 

A Cetesb monitora a qualidade das águas das praias através de coletas semanais, realizadas todos os domingos quando 6 técnicos percorrem o litoral para a realização das amostragens. A amostra de água é colhida no mar na profundidade média de 1m onde se encontra a maioria dos banhistas. As amostras são armazenadas em caixas de isopor com gelo e transportadas para os laboratórios da CETESB. 

 

 

No laboratório da Cetesb ocorrem as análises microbiológicas das amostras de água coletadas nas praias. Chegando no laboratório, as amostras passam por um filtro que retém as bactérias. Depois que a água é filtrada, e as bactérias são separadas da água, as amostras são colocadas em uma incubadora, e ficam a uma temperatura média de 45ºC. O calor é o ambiente perfeito para que essas colônias se desenvolvam e fique mais fácil para que os técnicos da Cetesb possam verificar a concentração de bactérias nas amostras das praias.

 

 

As análises procuram detectar a presença de bactérias Enterococcus no material coletado, o que indica a existência coliforme fecal. São analisadas as últimas cinco coletas feitas em cada praia para definir a balneabilidade de cada uma delas. Semanalmente é emitido um boletim contendo a classificação das praias quanto à sua qualidade em termos de balneabilidade. Nas praias, em frente ao ponto de amostragem, existem bandeiras de sinalização indicando as condições de balneabilidade. Se a praia está imprópria a bandeira é vermelha, se a praia está própria a bandeira é verde.

 

 

Os usuários devem evitar banhar-se em praias impróprias, pois a água pode estar contaminada com bactérias, vírus e protozoários. A exposição a esses elementos pode causar doenças e infecções, principalmente em crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa.



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