Histórico! A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1º), o fim do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda passou por unanimidade, com 493 votos favoráveis, e representa a maior mudança na tributação do trabalhador brasileiro nas últimas décadas.
A ampliação da faixa de isenção terá impacto de R$ 25,8 bilhões em 2026. Para compensar a perda de arrecadação, o projeto cria uma tributação progressiva para ricos, que vão pagar até 10% sobre rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, ou acima de R$ 50 mil por mês.
Na prática, o trabalhador que ganha até R$ 5 mil vai deixar de pagar R$ 4 mil de imposto por ano. A proposta também prevê desconto parcial do imposto para quem ganha de R$ 5 mil até R$ 7.350. Isso vai gerar uma economia significativa no bolso de famílias da classe média brasileira. Veja abaixo.
26 milhões de brasileiro beneficiados
Atualmente, a faixa de isenção do IR é de R$ 3.036 mensais. Com a mudança, quem ganha até R$ 5 mil não pagará nada. Cálculos da Receita Federal, mostram que uma professora com salário de R$ 4.867,77, que hoje paga R$ 305 por mês de IR, ficará isenta. Já um trabalhador autônomo que recebe R$ 5.450 passará de uma cobrança de R$ 447 para R$ 180 por mês.
No total, mais de 26,6 milhões de brasileiros deixarão de pagar imposto de renda, o que corresponde a 65% dos declarantes do IR no Brasil.
Para entrar em vigor, o texto agora precisa passar pelo Senado e depois pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi quem mandou a mudança tributária para o Congresso. A isenção do IR para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil foi uma das principais promessas de campanha do governo em 2022 e pode beneficiar mais de 26 milhões de brasileiros.
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Custo e compensação aos cofres públicos
O projeto vai taxar pessoas ricas para compensar a queda na arrecadação. Ele cria uma alíquota progressiva de até 10% para rendimentos superiores a R$ 600 mil por ano.
Além disso, parte da arrecadação será destinada a estados e municípios, garantindo que não haja queda de repasses.
O relatório também calcula uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027, que será usada para reduzir a alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), prevista na Reforma Tributária.
Justiça social e impacto econômico
Durante a votação, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou que a medida garante mais dinheiro no bolso do trabalhador e fortalece o consumo interno.
“Essa não é apenas uma mudança técnica. É alívio direto na vida de milhões de brasileiros, é comida na mesa, é dinheiro que circula e fortalece a economia”, afirmou.
A aprovação unânime também foi interpretada como um sinal de união em torno de uma pauta que atinge a vida de grande parte da população.
Próximos passos no Senado
Agora, o texto segue para análise no Senado. Em paralelo, tramita na Casa outro projeto semelhante, relatado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). A disputa entre os dois textos ocorre em meio a movimentações políticas para 2026, mas o consenso é de que a mudança deve ser aprovada ainda neste ano.
Se o projeto avançar sem alterações, a expectativa é que a nova tabela entre em vigor já na próxima declaração do Imposto de Renda de 2026.
O texto sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) segue agora para aprovação do Senado – Foto: Adobe Stock
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