Vitor Guerras
22 / 03 / 2025 às 10 : 08
Othon Bastos, aos 91 anos, está com nova peça em São Paulo. Um monólogo de 100 minutos! – Foto: Beti Niemeyer
Aos 91 anos, o ator Othon Bastos segue com tudo: ele estreou uma peça no Sesc 14 Bis, em São Paulo. Detalhe, a apresentação é seu primeiro monólogo.
“Não me entrego, não” está em cartaz desde a última quinta-feira e aborda vários pontos importantes da carreira de Othon. O baiano, que já tem quase 75 anos de carreira na TV, cinema e teatro, não pretende parar.
Após uma temporada de muito sucesso no Rio de Janeiro, com mais de 40 mil ingressos vendidos, “Não me entrego, não!”, vai passar por Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Florianópolis, Belo Horizonte e Belém.
100 minutos
No palco, Othon, em 100 minutos, revisita sua história e o segredo de como manter o fôlego e a paixão pela arte.
Em entrevista à Veja, o ator contou que a ideia veio depois de assistir um espetáculo de Flávio Marinho.
“Cheguei em casa e falei com a minha mulher, Martha Overbeck, e surgiu a ideia de falar com o Flávio para ele fazer um espetáculo parecido para mim. E, então, começamos a conversar. Eu levei umas 600 páginas de anotações sobre os meus trabalhos no teatro, e passamos a separar por assuntos: arte, amor, dificuldade, problemas, e fomos montando em cima disso”, destacou.
Apesar de abordar vários pontos da vida principal de Othon, o monólogo não é uma biografia.
“Apenas passa por coisas que aconteceram na minha vida.”
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“Rir de mim mesmo”
Questionado se a peça passa por momentos difíceis, é categórico em responder: “eu não queria nada de tristeza, só alegria.”
Para o ator, tudo que é feito, precisa ter humor e esperança de que vai dar certo.
“Queria rir de mim mesmo. E para nossa surpresa muitas pessoas quiseram assistir à peça. Porque nossa ideia era fazer só uma temporada, de dois meses, e ver no que ia dar.”
Paixão pelo teatro
Othon também aproveitou para deixar dicas para a longevidade.
“É importante se cuidar, se tratar, mas acho que o segredo é o fogo que a gente tem dentro da gente.”
Segundo ele, a paixão pelo teatro também ajuda.
“Minha geração, que tem Fernanda Montenegro, Natália Timberg, e muitos outros que já foram, sempre teve essa paixão pelo teatro, essa vontade de trabalhar com isso, a felicidade de estar no palco. Quando entro no palco, me sinto feliz, é como se eu tivesse 20, 30 anos. Não posso deixar essa peteca cair”, finalizou.
A peça ainda vai passar por mais quatro cidades. – Foto: Beti Niemeyer
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