
Emu (Dromaius novaehollandiae) é sacrificado após apresentar sinais clínicos compatíveis com a gripe aviária
Um emu apresentou sintomas neurológicos compatíveis com influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) na última quinta-feira (12), o que levou à interdição preventiva do Jardim Zoológico de Brasília .
A decisão foi da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), juntamente com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Fundação Jardim Zoológico de Brasília.
A suspeita, considerada grave por se tratar de uma doença altamente transmissível entre aves, motivou a eutanásia do animal e o envio de amostras biológicas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Campinas (SP), referência nacional na análise da doença. A ação segue os protocolos estabelecidos pelo Mapa.
O emu, ave de origem australiana, fazia parte do conjunto de animais que estão sob a guarda e cuidado do zoológico e começou a apresentar evolução clínica preocupante, com sinais neurológicos.
Enquanto aguarda os resultados, o parque permanece fechado como medida preventiva, para evitar a disseminação do vírus, proteger os demais animais, trabalhadores e visitantes.
Segundo a Seagri-DF, não foram identificadas alterações comportamentais ou clínicas em outras aves do zoológico até o momento.
Mesmo assim, a interdição será mantida por tempo indeterminado para garantir o controle epidemiológico e a segurança da fauna.

Emu é uma ave de origem australiana
Eventos com aves estão suspensos por 90 dias no DF
Além da interdição no Zoo, o Governo do Distrito Federal(GDF) publicou a portaria nº 176, em 16 de maio, proibindo por 90 dias qualquer tipo de evento com aglomeração de aves no DF.
A medida foi tomada após a confirmação de um foco de IAAP em Montenegro (RS), o que levou o Ministério da Agricultura e Pecuária a declarar estado de emergência zoossanitária naquele município.
A suspensão temporária busca evitar a entrada do vírus no território brasiliense.
O secretário de Agricultura do DF, Rafael Bueno, afirmou que “o objetivo do Governo do Distrito Federal é proteger a produção avícola do DF, garantindo segurança sanitária e econômica para o setor”.
Avicultura local é considerada estratégica
Com cerca de R$ 1 bilhão movimentados em 2024 e 5 mil empregos gerados, o setor avícola no DF tem peso significativo na economia.
A produção é voltada tanto à comercialização de ovos quanto à criação ornamental e de subsistência.
A subsecretária de Defesa Animal, Danielle Kalkmann, orienta os criadores locais a manterem as aves confinadas, sem acesso a ambientes externos ou piquetes, reduzindo o risco de contato com aves silvestres, que são potenciais transmissores do vírus.
Risco para humanos é considerado baixo
As autoridades reforçam que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos devidamente cozidos, ou fritos.
A infecção humana só ocorre por meio de contato direto com aves vivas infectadas, e o risco é considerado baixo.
Mesmo nas áreas afetadas, alimentos preparados corretamente continuam seguros para consumo.
IG Último Segundo