Venda de armas de bolinhas de gel é proibida no estado do RJ


As chamadas gel blasters são réplicas de armas com projéteis de bolas de gel
Reprodução/PMSP

As chamadas gel blasters são réplicas de armas com projéteis de bolas de gel

A fabricação, a venda e a distribuição das armas que disparam bolinhas de gel, conhecidas como gel blasters, estão proibidas  no Estado do Rio de Janeiro.

A lei 10.980/25, de autoria original da deputada Tia Ju (REP), aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi sancionada pelo governador Cláudio Castro (PL) e publicada na edição extra do Diário Oficial da última sexta-feira (3).

A medida complementa a Lei 2.403/95, que já proíbe a fabricação, a venda, a comercialização, o transporte e a distribuição de brinquedos, réplicas ou simulacros de armas de fogo, que com elas possam se confundir

As gel blasters são réplicas de armas com projéteis de bolas de gel, pequenas esferas que se expandem ao serem colocadas em água, e que funcionam por meio de bateria e sistema de propulsão a mola.

A autora defendeu sua proposta relembrando casos divulgados nas redes sociais em que atiradores atingiram pedestres, como aconteceu com um carroceiro de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e de um bebê que estava no colo de uma mulher em São Paulo.

“Essa “brincadeira” virou risco para a população, já que jovens e adultos estão simulando confrontos nas ruas, organizando guerras e batalhas em locais de grande circulação, e também atirando em pessoas desprevenidas nas ruas”, disse a deputada.

Ela alertou ainda que algumas dessas armas são alteradas para parecerem verdadeiras e acabam sendo confundidas com armas de fogo.

Também assinam a lei como coautores os deputados Carlos Minc (PSB), Carlinhos BNH (PP), Claudio Caiado (PSD), Dionisio Lins (PP), Elika Takimoto (PT), Marcelo Dino (União), Renato Machado (PT) e Samuel Malafaia (PL).

Polêmica

As armas, conhecidas como “gel blasters”, importadas da China, são vendidas como brinquedos em sites e lojas a preços a preços que variam de R$ 200 a R$ 750.

Seus projéteis causam apenas dor leve ou pequenos hematomas.

A discussão na Alerj já se arrastava há alguns meses e o Portal iG ouviu opinião de especialistas e autoridades de segurança pública, recentemente, sobre a polêmica que virou febre tanto entre jovens quanto entre adultos, em brincadeiras que simulam o combate armado.

Veja:  Armas de gel podem ser proibidas no Rio; entenda o motivo

No início do ano, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulgou nota alertando para os riscos das brincadeiras com armas de gel e estipulou que os produtos fossem retirados do mercado.

Segundo o órgão, armas com projéteis de bolas de gel não são brinquedos, não podem ser comercializadas como brinquedos e, portanto, não devem também ostentar o selo de conformidade do Inmetro.



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