Veja imagens da cúpula do Brics no Rio de Janeiro


Slogan do Brics 2025
Isabela Castilho | BRICS Brasil

Slogan do Brics 2025

A 17ª Cúpula do BRICS teve início neste domingo (6), no Rio de Janeiro, com a presença de líderes e representantes dos países membros e nações convidadas. O encontro prossegue até segunda-feira (7) e marca a presidência rotativa do Brasil, assumida em 1º de janeiro deste ano.

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O tema definido para esta edição é “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável”.

A agenda contempla seis eixos estratégicos: saúde pública, financiamento climático, inteligência artificial, paz e segurança, desenvolvimento institucional e uso de moedas locais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recepcionou delegações e lidera as reuniões. Estão presentes o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o premier da China, Li Qiang, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto.

A Rússia participa por meio de videoconferência com Vladimir Putin, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, representa o país presencialmente.

Durante os debates, os líderes defenderam reformas na governança global, com ênfase na ampliação da representação do Sul Global em instituições como o Conselho de Segurança da ONU.

Também foi discutida a criação de mecanismos para proteção contra o uso indevido de inteligência artificial, com foco em dados e remuneração justa.

Entre os anúncios, os ministros das Finanças do grupo solicitaram mudanças estruturais no FMI (Fundo Monetário Internacional).

Foi formalizada a entrada da Colômbia e do Uzbequistão no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), voltado ao financiamento de infraestrutura e inovação nos países em desenvolvimento.

Circula entre os participantes a possibilidade de criação de uma bolsa de metais própria do BRICS, em alternativa ao London Metal Exchange. As propostas visam ampliar a autonomia dos países-membros sobre preços e auditorias nesse mercado.

Grupo Brics e seu poder econômico

Lula ao lado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi
Isabela Castilho | BRICS Brasil

Lula ao lado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi

A cúpula ocorre em um cenário de instabilidade geopolítica, com destaque para ataques de Israel ao Irã, a crise humanitária em Gaza e medidas comerciais dos Estados Unidos. As tensões influenciam as discussões sobre multilateralismo e equilíbrio nas instituições internacionais.

O grupo BRICS passou a incluir, além dos cinco fundadores, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.

Juntos, os membros representam 40,2% do PIB global em paridade de poder de compra, ultrapassando o G7, e somam ativos superiores a US$ 60 trilhões. O comércio interno do bloco cresceu 56% entre 2017 e 2022, com previsão de alcançar US$ 678 bilhões anuais.



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