veja como está a família de Eunice Paiva hoje em dia

Ainda Estou Aqui, aclamado filme dirigido por Walter Salles, fez história ao conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional, marcando um triunfo significativo para o cinema brasileiro. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, a produção narra a comovente trajetória de Eunice Paiva, que teve de criar sozinha seus cinco filhos após o desaparecimento de seu marido, o engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, vítima da repressão brutal durante a ditadura militar brasileira.

Ainda Estou Aqui é baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva. O longa emociona ao retratar a dor e a luta da família Paiva para superar o luto, e agora, com sua vitória no Oscar, o filme se torna uma poderosa reflexão sobre as cicatrizes deixadas por um dos períodos mais sombrios da história do país. Com o sucesso nas telonas, surge a pergunta: como está a família Paiva hoje, após décadas de resistência e busca por justiça.

Eunice Paiva

Eunice Paiva foi uma advogada brasileira marcada pela luta incansável por justiça após o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar. Nascida em 1929, em São Paulo, ela se tornou um símbolo de resistência ao enfrentar a repressão do regime e buscar respostas sobre o paradeiro de Rubens, levado por agentes da ditadura em 1971 e nunca mais visto. Além de sofrer perseguições, Eunice chegou a ser presa por 12 dias, mas não desistiu de sua busca, que culminou no reconhecimento oficial da morte do marido em 1996. Eunice faleceu em 12 de dezembro de 2018, aos 86 anos, em São Paulo, vítima do Mal de Alzheimer.

Marcelo Rubens Paiva

Marcelo Rubens Paiva é um escritor, dramaturgo e jornalista de 64 anos que se tornou um dos principais nomes da literatura e do cinema brasileiro. Conhecido por transformar sua própria história em obra literária, com o livro Ainda Estou Aqui , ele segue desafiando limitações físicas desde que, em 1979, um acidente o deixou tetraplégico. Mesmo diante das dificuldades, Marcelo continuou a escrever, consolidando-se como uma referência na narrativa de temas como memória, justiça e resistência. Sua mais recente obra, Do Começo Ao Fim , lançada em 2022, solidifica ainda mais sua importância no cenário literário.

Vera Paiva

Vera Paiva, psicóloga e professora titular da Universidade de São Paulo desde 1987, é uma referência no estudo da desigualdade de gênero e sexualidade no Brasil. Além de sua atuação acadêmica, destacou-se na luta por justiça e memória histórica ao integrar a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), especialmente em 2022, quando enfrentou tentativas de dissolução do órgão pelo governo da época. Dois anos depois, em 2024, teve papel crucial na retomada das investigações da Comissão junto ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, reforçando seu compromisso com os direitos humanos e a verdade histórica no país.

Eliana Paiva

Aos 68 anos, Eliana Paiva construiu sua trajetória na comunicação como professora, jornalista e editora de mídia, mantendo uma vida discreta, distante dos holofotes. Filha do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar, ela também enfrentou a repressão do regime. Um dia após a prisão de seu pai, em 1971, foi detida por militares e permaneceu encarcerada por 24 horas. Por décadas, pouco falou sobre o episódio, mas passou a revisitar sua história com o avanço das investigações da Comissão da Verdade, que buscou esclarecer as violações cometidas pelo Estado no período.

Maria Beatriz Paiva

Psicóloga e educadora, Maria Beatriz Paiva, de 64 anos, construiu sua carreira na área acadêmica, mantendo uma vida discreta e longe da mídia. Com experiência como professora, ela teve sua trajetória retratada no filme Ainda Estou Aqui , que narra a história de sua família e a luta por justiça no caso de seu pai, Rubens Paiva. No longa, foi interpretada pela atriz Olivia Torres.

Ana Lúcia Paiva

Aos 67 anos, Ana Lúcia Paiva seguiu um caminho diferente dos irmãos e se formou em Matemática antes de se tornar empresária. Conhecida pelo apelido Nalu entre familiares, ela se afastou das áreas de psicologia e comunicação que marcaram a trajetória de sua família.

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