O secretário de Estado Marco Rubio
WIN MCNAMEE
O Departamento de Estado americano está planejando uma redução sem precedentes do alcance da sua diplomacia, fechando programas e embaixadas em todo o mundo e cortando seu orçamento em quase 50%, reportaram vários meios de comunicação nesta terça-feira (15).
As propostas, incluídas em um documento interno do Departamento que supostamente está sendo discutido por funcionários de alto escalão, eliminariam quase todo o financiamento para organizações internacionais como as Nações Unidas e a Otan.
O apoio financeiro para a manutenção da paz internacional seria reduzido, assim como os fundos para intercâmbios educacionais e culturais, como o programa Fulbright, uma das bolsas de estudo mais prestigiosas dos Estados Unidos.
O plano surge em um momento em que o presidente Donald Trump pressiona para reduzir os gastos do governo e o papel de liderança dos Estados Unidos no cenário internacional.
No entanto, a Associação Americana de Serviços Exteriores chamou os cortes propostos de “imprudentes e perigosos”, enquanto o ex-embaixador americano em Moscou, Michael McFaul, os chamou de “um presente gigantesco ao Partido Comunista Chinês”.
O memorando indica que o Departamento de Estado solicitará um orçamento de 28,4 bilhões de dólares (166 bilhões de reais) para o ano fiscal de 2026, que começa em 1º de outubro, 26 bilhões de dólares (152 bilhões de reais) a menos que o valor de 2025, segundo o The New York Times.
Somente o Congresso, controlado pelos republicanos mas que exige votos democratas para aprovar a maioria das leis, tem autoridade para promulgar os cortes. Mas as propostas provavelmente terão destaque nas negociações sobre o orçamento de 2026.
Não está claro se o secretário de Estado, Marco Rubio, apoiou o memorando de 10 de abril, mas ele precisaria aprovar quaisquer cortes antes que o Congresso pudesse considerá-los.
A AFP entrou em contato com o Departamento de Estado, mas não recebeu resposta.
IG Último Segundo