Presidente dos EUA, Donald Trump, fala durante um discurso no Congresso americano em 5 de março de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta quinta-feira (13) o interesse americano em anexar a Groenlândia, território autônomo da Dinamarca. As informações são da Agence France-Presse.
Durante um evento na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, Trump afirmou que essa medida é essencial para a segurança global. “Acho que vai acontecer. Precisamos disso para a segurança internacional”, declarou.
A importância estratégica da Groenlândia
A Groenlândia, maior que o México e com cerca de 80% de sua superfície coberta por gelo, tem grande relevância geopolítica e econômica devido a seus recursos naturais. O desejo de controle sobre a região não é recente: ainda antes de assumir a presidência, Trump já defendia que os EUA deveriam incorporá-la, chegando a considerar o uso da força como possibilidade.
A proposta de anexação gerou forte reação internacional. Líderes da União Europeia criticaram a postura dos EUA, com o governo francês classificando-a como uma atitude imperialista e autoridades alemãs reforçando que mudanças territoriais não podem ocorrer pela força.
Por sua vez, a Dinamarca demonstrou cautela diante do interesse americano. O chanceler dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, afirmou que seu governo está disposto a dialogar para equilibrar os interesses dos EUA na região, principalmente em um momento de crescente disputa geopolítica no Ártico, onde Rússia e China também buscam influência.
Gigante do ártico
Se as intenções de Trump se concluírem, ele faria um feito parecido com seu antecessor, o presidente Andrew Johnson, que comprou o Alasca, em 1867.
Trump sugeriu não apenas tomar posse da Groenlândia, mas também a aquisição do Canal do Panamá e a absorção do Canadá pelos Estados Unidos, além de propor renomear o Golfo do México para o Golfo da América.
Além das outras manifestações pelo mundo, a Rússia, que possui interesses estratégicos no Ártico, declarou que busca manter a paz e a estabilidade na região. Moscou reforçou que monitora de perto a situação e mantém diálogo com outras nações para evitar escaladas de tensão.
Em janeiro, o governo da Dinamarca anunciou um plano de 14,6 bilhões de coroas, o equivalente a R$ 12 bilhões, para reforçar a segurança no Ártico e no Atlântico Norte, após ameaças de Trump em tomar a Groenlândia.
Trump alega que a Groenlândia, situada entre a Islândia e os EUA, é importante para a segurança e a economia americana e não descartou usar a força para tomar o território.
A ideia de anexar um novo território aos EUA foram feitas pela primeira vez na campanha de Donald Trump para sua eleição como presidente.
IG Último Segundo