Ryan Kainalo, de Ubatuba e Sophia Medina, de São Sebastião, estão entre os nove surfistas da América do Sul que vão disputar o Mundial Pro Junior da WSL nas Filipinas de 13 e 19 de janeiro de 2025
A World Surf League vai decidir os títulos mundiais de 2024 da categoria Pro Junior Sub-20 pela primeira vez nas Filipinas. A praia escolhida para sediar a 24.a edição do Mundial Junior da WSL no arquipélago do país asiático, foi Urbiztondo Beach, em San Juan, na província de La Union. Nove surfistas da América do Sul vão disputar os títulos mundiais nas Filipinas, seis do Brasil e três do Peru. O WSL World Junior Championships 2024 apresentado por Tourism Promotions Board Philippines, será realizado entre os dias 13 e 19 de janeiro de 2025.
A lista dos representantes da América do Sul é encabeçada pelo bicampeão sul-americano da WSL South America em 2023 e 2024, Ryan Kainalo, de Ubatuba e pela peruana Arena Rodriguez, que ganhou seu primeiro título na categoria Pro Junior. O ranking regional de 2024 também classificou os vice-campeões, Cauet Frazão do Brasil e Catalina Zariquiey do Peru, de apenas 15 anos de idade. Mais cinco surfistas receberam convites da WSL para competir nas Filipinas, os brasileiros Leo Casal, Heitor Mueller, Laura Raupp, Sophia Medina, de São Sebastião e a peruana Sol Aguirre, recordista com quatro títulos sul-americanos.
O WSL World Junior Championships 2024 apresentado por Tourism Promotions Board Philippines, será disputado por 24 surfistas na categoria masculina e 24 na feminina, com até 20 anos de idade. A maioria dos participantes se classificou pelos rankings regionais dos sete escritórios da WSL no mundo e a lista é completada por convidados (wildcards). A batalha pelos títulos mundiais será em Urbiztondo Beach, um point break de direitas de alta performance, que vem sendo palco de etapas do QS nos últimos anos.
O formato da competição é similar ao utilizado no WSL Championship Tour. Nas duas categorias, os 24 participantes são divididos em 8 baterias com 3 surfistas. Os vencedores avançam direto para as oitavas de final, enquanto os 2 perdedores em cada, se enfrentam na primeira rodada eliminatória, também conhecida como repescagem. É nesta segunda fase que são iniciados os confrontos diretos homem a homem, ou mulher a mulher, que prosseguem nas oitavas de final, quartas de final, semifinais e nas decisões dos títulos.
O Brasil é recordista com 9 títulos mundiais conquistados nas 23 edições realizadas, até a de 2023 na Califórnia. Gabriel Medina, de Sã Sebastião, foi campeãoem2013. Os últimos brasileiros foram campeões também na Ásia, só que em Taiwan, onde aconteceu um bicampeonato catarinense com Mateus Herdy em 2018 e Lucas Vicente em 2019. Nenhum país conseguirá igualar o recorde do Brasil nessa 24.a edição, pois o segundo da lista é a Austrália com 6 títulos. Depois tem Havaí com 4 e quatro países com um campeão, Estados Unidos, Portugal, França e África do Sul.
Na categoria feminina, que só foi incluída em 2005 com a australiana Jessi Miley-Dyer ganhando o primeiro título, nenhuma surfista da América do Sul conseguiu ser campeã ainda. Entre as meninas, a Austrália detém o recorde de 8 títulos, contra 2 do Havaí, 2 da França e cinco países conseguindo um: Estados Unidos, Portugal, Japão, Nova Zelândia e Taiti. Na disputa do título de 2023 em Oceanside, na Califórnia, a catarinense Laura Raupp parou na campeã Sierra Kerr nas quartas de final e a peruana Sol Aguirre ficou em terceiro lugar nas semifinais, perdendo para a vice-campeã, Zoe Benedetto.
Por João Carvalho – WSL Latin America Media Manager
