
Os alvos incluíram cidades como Kiev e Odessa
A Rússia lançou na noite de terça-feira (8) um ataque aéreo contra a Ucrânia utilizando cerca de 200 drones kamikaze Shahed, em uma das maiores ofensivas desde o início do conflito em 2022.
Os alvos incluíram cidades como Kiev e Odessa, com foco em redes elétricas, estruturas militares e áreas residenciais. Houve relatos de vítimas civis, danos a prédios e interrupções no fornecimento de energia.
A investida aconteceu poucas horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticar publicamente o presidente russo, Vladimir Putin, em entrevista coletiva.
Durante a declaração, Trump se referiu às ações de Putin como “besteiras”, o que foi interpretado como uma tentativa de pressão política em meio ao avanço da ofensiva militar russa.
A defesa aérea ucraniana interceptou parte dos drones, com o uso de sistemas antiaéreos fornecidos por aliados ocidentais. No entanto, o volume do ataque dificultou a contenção completa, resultando em impactos significativos em diversas regiões.
Diante do ataque, jatos da OTAN(Organização do Tratado do Atlântico Norte) foram acionados. As aeronaves foram mobilizadas, provavelmente a partir de bases na Polônia, Romênia ou outros países da região, para monitoramento do espaço aéreo.
A medida segue o protocolo adotado pela aliança em episódios de risco de violação de fronteiras por artefatos russos.
Em situações anteriores, drones e mísseis cruzaram acidentalmente para áreas pertencentes à OTAN, o que levou à adoção de posturas de vigilância permanente na região desde 2022.
Apesar da mobilização, não há registro de declaração oficial da OTAN sobre esse episódio específico. A prática de decolagem preventiva de caças já foi adotada em outras ocasiões, como medida de defesa em contextos de escalada de tensão próxima às fronteiras da aliança.
A ofensiva também reacende o debate sobre o papel da Rússia no conflito e o momento político das declarações norte-americanas.
Donald Trump e sua postura contra a Rússia

Desde o início do ano, a Rússia tem intensificado o uso de drones Shahed
Donald Trump tem buscado sinalizar uma postura crítica diante das ações russas, ao mesmo tempo em que indica possível abertura para negociações futuras com o Kremlin.
A proximidade entre a crítica pública de Trump e o ataque de drones levanta questionamentos sobre o caráter do movimento russo — se foi uma retaliação direta ou parte de uma ofensiva planejada previamente.
Desde o início do ano, a Rússia tem intensificado o uso de drones Shahed, que se destacam pelo baixo custo de produção, longo alcance e capacidade de atingir alvos civis e militares.
O Ministério da Defesa da Ucrânia informou que os sistemas de defesa seguirão em alerta máximo e que continuará contando com a cooperação de aliados internacionais.
A escalada no número de ataques amplia a pressão sobre as defesas ucranianas e gera novos alertas em países vizinhos quanto ao risco de incidentes transfronteiriços.
IG Último Segundo