reunião podia ser resolvida por e-mail


Zelensky falou ao telefone com Macron
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Zelensky falou ao telefone com Macron

Donald Trump se encontrou com Vladimir Putin, no Alasca, na sexta-feira (15). Queria anunciar um cessar-fogo na guerra com a Ucrânia e saiu de mãos vazias.

Três dias depois foi a vez de Volodymyr Zelensky se reunir com o chefe da Casa Branca. Desta vez, na própria Casa Branca.

Zelensky estava acompanhado de sete líderes europeus, como cães de guarda.

E depois de algumas horas de reunião o presidente dos Estados Unidos anunciou: é preciso chamar uma outra reunião, dessa vez a três, para tentar chegar a um acordo sobre conflito iniciado em 2022.

Se fosse um candidato do programa “O Aprendiz”, Trump poderia demitir ele mesmo.

Fez um chefe de Estado sair de Kiev até Washington para isso. Tanto não tinha nada a dizer que o assunto principal na coletiva de imprensa era o figurino do visitante, que dessa vez abandonou as roupas casuais e botou um terno escuro. 

O anfitrião disse que tem certeza de que vai chegar a um acordo de paz. Só não disse como. 

Adiantou apenas que vai ligar  para Putin – aquele que viajou de Moscou até o Alasca há poucos dias – e dará um jeito. Ele mesmo admite, no entanto, que a missão pode fracassar – a Rússia, afinal, está ganhando a guerra, passa bem, obrigado, apesar do boicote econômico de parte do globo e não tem interesse em recuar quando está perto de levar tudo.

Até agora o que Trump conseguiu foi tornar as reuniões sobre um conflito sangrento em um espetáculo para a TV.

Os Estados Unidos queriam tanto eleger um “executivo” como presidente que conseguiram.

Ele acaba de encerrar uma segunda reunião para anunciar que a solução é convocar uma terceira. Qualquer uma delas poderia ser resolvida por e-mail. Ou por telefonema.

Ao menos sairia mais barato.

*Este texto não reflete necessariamente a opinião do Portal iG



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