relatório preliminar aponta corte de combustível


Avião da Air India poucos minutos após cair
Força de Segurança Central Industrial da Índia

Avião da Air India poucos minutos após cair

O Departamento de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (AAIB) da Índia divulgou na sexta-feira (11) o relatório preliminar sobre a queda do avião AI 171 da Air India, ocorrida em 12 de junho na cidade de Ahmedabad. As informações são do jornal ” Times of India ”.

De acordo com o relatório, os motores N1 e N2 apresentaram redução de velocidade logo após a decolagem, resultado direto da interrupção no fornecimento de combustível. A gravação de áudio da cabine captou o momento em que um dos pilotos questiona o colega sobre a razão do corte, recebendo como resposta uma negativa, indicando que ele não teria realizado a ação.

O relatório também indica que a Ram Air Turbine (RAT), sistema de emergência responsável por fornecer energia quando os motores falham, foi acionado logo após a decolagem. A medida emergencial confirma que a aeronave perdeu energia em seus sistemas principais. Enquanto isso, tentativas foram feitas para religar os motores. O Motor 1 chegou a ser reativado, mas o Motor 2 permaneceu inoperante, mesmo após várias tentativas de reabastecimento de combustível.

Os investigadores também identificaram que houve um corte de energia em voo, constatado a partir da análise dos dados de bordo que mostraram os flaps (dispositivos localizados nas asas) e o trem de pouso ajustados para a configuração padrão de decolagem, enquanto as alavancas de propulsão estavam em marcha lenta no momento do impacto — mesmo após terem sido previamente configuradas para potência máxima.

Em relação à manutenção, o relatório preliminar indicou que as últimas inspeções foram concluídas quando a aeronave acumulava 38.504 horas de voo e 7.255 ciclos. A próxima verificação de grande porte estava programada para ocorrer em dezembro de 2025. Os motores da aeronave também haviam sido trocados recentemente: o motor esquerdo foi instalado em 1º de maio de 2025 e o direito, em 26 de março do mesmo ano.

No momento do acidente, quatro falhas catalogadas na Lista de Equipamentos Mínimos (MEL) da categoria “C” estavam ativas na aeronave. Registradas em 9 de junho, essas falhas tinham validade até 19 de junho e envolviam o sistema de vigilância da porta da cabine, a funcionalidade do mapa do aeroporto, a rede principal da aeronave e a impressora da cabine de comando.



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