Rei Charles III não deve alcançar a popularidade de Elizabeth II, analisa professor


Carlos Gustavo Poggio falou sobre o tamanho da figura da rainha na cultura britânica e também sobre a relação entre o Reino Unido e o Brasil

Daniel LEAL / AFPprincipe charles e rainha elizabeth II (2)
Príncipe Charles se tornou rei Charles III após a morte de Elizabeth II

As últimas cerimônias em homenagem a Elizabeth II mostraram a devoção ainda forte dos britânicos pela monarquia. Em entrevista à Jovem Pan News, o professor de ciência política da Berea College, nos Estado Unidos, Carlos Gustavo Poggio, mencionou como fator importante a popularidade da rainha: “Faz parte da própria cultura do Reino Unido. O hino nacional começa dizendo ‘Deus salve a rainha’, agora ‘Deus salve o rei’. Portanto, um dos símbolos nacionais do Reino Unido é a monarquia. Outra questão é o tamanho da popularidade da rainha Elizabeth II dentro do público britânico. A rainha Elizabeth é a figura mais popular no Reino Unido. Institutos de pesquisa que medem popularidade de algumas figuras apontam que a rainha Elizabeth é de longe a que tem mais popularidade. A popularidade dela gira na casa dos 75%. O que é algo invejável se você comparar com qualquer político do ocidente. É alguém que está aos olhos do público há sete décadas”. Para o professor, o rei Charles III não tem e não deve alcançar a popularidade da mãe. Sobre a relação do Reino Unido com o Brasil, Poggio disse que é cedo traçar um prognóstico, mas ressaltou que a pauta ambiental é um tema importante.

“Independente da pauta ambiental ser ou não defendida pelo rei Charles III, essa me parece uma pauta que é cada vez mais relevante dentro dos países europeus e do Reino Unido. Essa é uma pauta que vai se tornar cada vez mais relevante. Na discussão sobre como vai ser a relação com o Brasil, me parece que vamos poder examinar com mais cuidado a partir do ano que vem. A depender dos resultados da eleição para presidente no Brasil, a depender de como evolui a situação da Liz Truss, se ela consegue se consolidar como primeira ministra”, explicou.

*Com informações da repórter Nanny Cox



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