Crime aconteceu em Osasco
Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, de 35 anos, foi preso na noite de quarta-feira (21) sob acusação de matar a ex-companheira Amanda Caroline de Almeida e abandonar o corpo no Rio Tietê, em Osasco, na Grande São Paulo.
A Polícia Civil classificou o caso como feminicídio e ocultação de cadáver. O corpo da vítima ainda não foi localizado.
Amanda estava desaparecida desde a manhã de segunda-feira (19). Ela havia deixado os três filhos — de 14, 7 e 5 anos — na casa do pai no domingo (18) e saído com uma amiga para um bar.
Por volta da madrugada, retornou com um conhecido e pediu para descer antes de chegar em casa, ao avistar o carro do ex-marido estacionado nas proximidades. Não voltou a fazer contato com a família.
Na terça-feira (20), o pai de Amanda registrou boletim de ocorrência no 4º Distrito Policial de Osasco. No início das investigações, Carlos Eduardo negou envolvimento.
Disse que o carro havia sido deixado nas redondezas por falhas mecânicas e que não encontrou a ex-mulher no fim de semana.
Imagens de segurança obtidas pela polícia mostraram Carlos e um segundo homem, identificado depois como seu irmão de 38 anos, entrando na casa de Amanda e saindo com um volume enrolado em manta, carregado no porta-malas do veículo. Após ser confrontado com o material, Carlos confessou o crime.
Segundo depoimento, ele matou Amanda por asfixia após uma discussão. Depois, com a ajuda do irmão, levou o corpo até o Rio Tietê e o abandonou.
Ambos estão detidos na Delegacia Seccional de Osasco. Carlos foi autuado em flagrante na noite de quarta. O irmão foi preso na manhã seguinte.
Relacionamento
Amanda Caroline, promotora de eventos, tinha entre 31 e 36 anos, segundo diferentes registros. O relacionamento com Carlos durou 16 anos e terminou em março de 2025.
Familiares relataram episódios anteriores de violência. Uma prima entregou à polícia fotos de hematomas no rosto e pescoço da vítima.
Um amigo relatou que Amanda havia contado ter sido agredida um mês e meio antes, sem registro formal por medo de prejudicar os filhos.
Apesar da separação, o casal continuava a manter contato por causa das crianças e atuava em eventos juntos, o que incluía visitas a suas casas. As imagens que levaram à confissão foram captadas por câmeras próximas à residência da vítima.
A Polícia Civil realizou perícia no veículo usado pelos suspeitos. As buscas pelo corpo continuam com apoio do Corpo de Bombeiros e mergulhadores.
A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois após audiência de custódia.
O Portal iG procurou a SSP-SP, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
IG Último Segundo