
Casa usada como base por assassinos do ex-delegado
Perícia realizada em uma casa utilizada por suspeitos do assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, revelou 41 vestígios de material genético. O imóvel fica a cerca de 8 km da Prefeitura de Praia Grande (SP).
A polícia chegou ao endereço a partir do depoimento de Dahesly Oliveira Pires, presa temporariamente sob suspeita de transportar um dos armamentos usados na execução do ex-delegado de Praia Grande para Diadema, na capital paulista.
Após a prisão da investigada, também foi detido Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, acusado de ter ordenado o transporte do fuzil e de pagar pelo serviço por meio de um Pix registrado em nome do próprio filho.
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Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o grupo utilizou a residência, localizada na Rua Campos de Jordão, no Jardim Imperador, como base para planejar a ação criminosa. Trata-se de uma área com diversas casas de veraneio e imóveis destinados a aluguel por temporada.
O proprietário do imóvel seria irmão de um policial militar. Entre as impressões digitais encontradas pela perícia, estão as do dono da casa e do irmão, que agora também passam a ser investigados.
Envolvidos no crime
A polícia já identificou cinco suspeitos de envolvimento. Entre eles está Felipe Avelino da Silva, conhecido no PCC como Mascherano, que segue foragido. Seu DNA foi localizado em um dos veículos usados na ação. Também está foragido Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, cujo material genético foi identificado no mesmo automóvel.
Outro procurado é Luis Antonio Rodrigues de Miranda, apontado como responsável por ordenar que Dahesly Oliveira Pires buscasse um dos fuzis utilizados na execução. Dahesly foi presa nesta quinta-feira, suspeita de ser a mulher que retirou a arma na Baixada Santista.
Já Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como Azul ou Colorido, é apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital ( PCC) na região. A polícia investiga se ele também tem participação direta no crime.
Em nota ao portal iG, a Secretaria de Segurança Pública informou que as investigações seguem em andamento: “A polícia vai ouvir todos os que alugaram a casa nas últimas semanas, assim como o dono do imóvel e o irmão dele, que é policial militar. Diligências estão em curso para elucidar todas as circunstâncias e responsabilizar os envolvidos.”
IG Último Segundo