Polícia divulga foto e nome dos suspeitos de matar ex-delegado


Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza
Polícia Civil de SP

Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (18) os nomes e as fotos dos suspeitos pelo assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Dr. Ruy Ferraz Fontes. A Polícia Forense encontrou o material genético dos dois dentro de um carro abandonado utilizado na emboscada em Praia Grande.

Relembre:  Delegado Ruy Ferraz Fontes é assassinado em Praia Grande (SP)

Após a divulgação, a Secretaria realizou uma coletiva de imprensa, em que Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, disse “não haver dúvidas” da participação do Primeiro Comando da Capital (PCC). Os dois suspeitos, Felipe Avelino da Silva e Flávio Henrique Ferreira de Souza, são faccionados e estão foragidos. Segundo a polícia, ainda não há certeza do papel dos dois no crime.

“Não resta dúvida de que o PCC, o crime organizado, está envolvido na execução. Não descartamos a possibilidade de que a execução possa ter sido motivada pelo combate ao crime organizado ao longo da carreira, ou por conta de sua atuação na prefeitura de Praia Grande. A motivação é o que está em aberto” , disse Derrite.

Além da identificação dos suspeitos, a polícia divulgou a prisão temporária de Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, encarregada de buscar o fuzil utilizado na execução em Praia Grande e levá-lo até Diadema, na capital. A moça seria usuária de drogas e disse em depoimento que não sabia do que se tratava o pacote que transportou.

O governador do Estado, Tarcísio de Freitas, comentou sobre o avanço das investigações e prometeu dar resposta ao crime: “A melhor homenagem que podemos prestar ao doutor Ruy, por todo o trabalho que prestou em sua vida e sua carreira, é prender e levar ao banco dos réus as pessoas que cometeram esse ato” , declarou Tarcísio em entrevista.

Outra tentativa de assassinato

Durante a coletiva, Derrite respondeu a uma pergunta sobre uma tentativa de assassinato contra Ruy Ferraz em 2011, ainda enquanto delegado. O homicídio seria em frente à 69ª Delegacia de Polícia na zona leste e foi impedido graças a uma denúncia anônima.

Na ocasião, a polícia prendeu Francisco Aurilio, conhecido como XC, membro do grupo dos 14 na facção – parte do alto escalão da organização criminosa. XC confessou a intenção de cometer o atentado, mas foi solto pouco tempo depois. Voltou a ser preso em 2020 após tentar matar o soldado da Polícia Militar de Santa Catarina, Jeferson Luiz Esmeraldino, em Criciúma, em um assalto a banco do chamado “novo cangaço”.



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