Peixe-leão venenoso é capturado em vila da Bahia


Peixe-leão
Ray Harrington/Unsplash

Peixe-leão

Um peixe-leão, espécie invasora e venenosa originária da região Indo-Pacífica, foi capturado no sábado (19), por um pescador mergulhador em Taipu de Dentro, no sul da Bahia.

O encontro com o peixe levou à mobilização de instituições ambientais como UESC, IBAMA e ICMBio para monitoramento e contenção do animal, cuja presença representa ameaça à biodiversidade local e à segurança das pessoas.

O registro foi feito em um estuário, área onde o rio encontra o mar, o que acende alerta para a possível disseminação da espécie em outros ambientes costeiros brasileiros.

O peixe-leão ( Pterois volitans ) já havia sido visto anteriormente no estado, em Morro de São Paulo, no início do ano.

A bióloga Stela Furlan, que atua na preservação dos recifes de Taipu de Fora, foi informada do caso e reforçou a necessidade de ação imediata, segundo publicasção da organização Mergulho Consciente.

Precisamos agir rápido, informar a população e proteger nossos recifes ”, alerta Furlan.

Espécie de rápido avanço e alta toxicidade

No Brasil, o peixe-leão é considerado exótico e invasor, pois não possui predadores naturais em nossas águas.

Ele se alimenta de forma intensa, podendo consumir até 30 peixes a cada 20 minutos, e se reproduz rapidamente. Uma única fêmea é capaz de liberar cerca de 30 mil ovos por ciclo, com novas crias surgindo a cada 26 dias.

O animal adulto pode chegar a 47 centímetros e possui 18 espinhos venenosos.

Em caso de contato com a pele humana, as toxinas injetadas podem causar necrose, febre, náuseas e até convulsões.

Segundo o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), quem for ferido deve buscar atendimento médico imediatamente.

Ações de contenção e orientação à população

A organização Mergulho Consciente informou que uma força-tarefa está em andamento, com participação de pesquisadores da Bahia.

Além disso, a prefeitura elaborou um guia com orientações sobre o que fazer em casos de avistamento ou captura do peixe.

A recomendação das autoridades é de não tocar no animal, registrar o local onde ele foi encontrado e informar os órgãos ambientais responsáveis.



IG Último Segundo