Parlamento de Israel rejeita proposta e mantém governo Netanyahu


Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu/Facebook

Benjamin Netanyahu

O Parlamento de Israel , rejeitou nesta quarta-feira (11) um projeto de lei apoiado pela oposição que visava dissolver a casa e convocar novas eleições, com 61 votos contrários e 53 favoráveis.

A proposta foi derrotada após a maioria dos parlamentares ultraortodoxos, que integram a base do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, decidirem não apoiar a medida.

A votação foi considerada o maior desafio parlamentar ao governo Netanyahu desde o início da guerra contra o Hamas.

A crise interna foi agravada pela tensão entre o premiê e os partidos ultraortodoxos Shas e Judaísmo Unido da Torá(JUT), que chegaram a ameaçar apoiar o projeto da oposição.

A motivação foi o avanço de uma proposta do Likud, partido de Netanyahu, para obrigar o alistamento militar de cidadãos ultraortodoxos, rompendo com a tradicional isenção concedida a esse grupo.

Divisão dentro dos haredi

Apesar da pressão, apenas dois parlamentares da facção Agudat Israel, ligada ao movimento hassídico, votaram a favor da dissolução do Parlamento, enquanto um votou contra.

A divisão interna refletiu a insatisfação com a proposta de mudança na legislação militar.

Na véspera da votação, rabinos haredi divulgaram um decreto religioso reafirmando sua oposição ao serviço militar obrigatório para seus seguidores.

Consequências da rejeição

Com a derrota, a oposição não poderá apresentar nova moção para a dissolução do Parlamento pelos próximos seis meses.

A decisão representa um alívio temporário para Netanyahu, que mantém sua base de apoio, ainda que fragilizada por disputas internas.



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