Ônibus pega fogo em acidente e deixa 71 mortos no Afeganistão


O porta-voz de Herat, Ahmadullah Muttaqi, confirmou as mortes
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O porta-voz de Herat, Ahmadullah Muttaqi, confirmou as mortes

Pelo menos 71 pessoas, entre elas 17 crianças, morreram nesta segunda-feira (18) na província de Herat, no oeste do Afeganistão, após um ônibus que transportava refugiados deportados do Irã colidir com um caminhão e uma motocicleta e pegar fogo, segundo as autoridades locais.

A polícia de Herat informou que o acidente ocorreu no distrito de Guzara e apontou como causa a “ velocidade excessiva e negligência ” do motorista do ônibus, informou o jornal Al Jazeera.

A maioria das vítimas foi passageiros do ônibus, mas duas pessoas que viajavam no caminhão e outras duas na motocicleta também morreram.

O porta-voz de Herat, Ahmadullah Muttaqi, confirmou as mortes. ” Em Herat, um ônibus com migrantes colidiu com um caminhão e uma motocicleta, causando um acidente “, comentou em uma postagem nas redes sociais. 

O acidente aconteceu um dia após o ministro do Interior do Irã, Eskandar Momeni, anunciar que outras 800 mil pessoas terão de deixar o país até março de 2026.

Retornos em massa

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), cerca de 450 mil afegãos já retornaram do Irã desde junho, após o governo iraniano impor o prazo de 06 de julho para que imigrantes sem documentação deixassem o país.

Somente entre 01 e 05 de julho, 449.218 pessoas atravessaram a fronteira de volta ao Afeganistão, elevando o total de retornos em 2024 para 906.326, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O ACNUR calcula que mais de 1,4 milhão de pessoas já “ retornaram ou foram forçadas a retornar ao Afeganistão ” neste ano.

Autoridades iranianas afirmam que há aproximadamente seis milhões de afegãos vivendo em seu território, dos quais quatro milhões estariam em situação irregular.

Histórico de tragédias

Em dezembro do ano passado, duas colisões envolvendo ônibus, um caminhão e um caminhão-tanque deixaram ao menos 52 mortos no centro do país.



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