ONG palestina anuncia morte de menor de idade em prisão israelense


Manifestação convocada em Ramallah, Cisjordânia, em 27 de agosto de 2024, para pedir a entrega dos corpos de presos palestinos de prisões israelenses
Zain JAAFAR

Manifestação convocada em Ramallah, Cisjordânia, em 27 de agosto de 2024, para pedir a entrega dos corpos de presos palestinos de prisões israelenses

Zain Jaafar

O Clube de Prisioneiros Palestinos, uma ONG que defende os direitos dos detentos, anunciou, nesta segunda-feira (24), a morte de um menor que estava detido em uma prisão israelense.

A organização afirmou em um comunicado ter sido informada da “morte de Walid Khaled Abdullah Ahmad, de 17 anos, preso em Silwad, ao leste de Ramallah, na prisão de Megido”, localizada no norte de Israel.

As circunstâncias da morte são desconhecidas até o momento, segundo a ONG.

A organização afirma que ele foi o 63º prisioneiro palestino morto em uma prisão israelense desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, entre o movimento palestino Hamas e o Exército de Israel.

A AFP entrou em contato com a administração penitenciária israelense para confirmar a informação, mas não recebeu resposta até o momento.

A ONG palestina afirmou que o adolescente foi preso em 30 de setembro de 2024 e acrescentou que “milhares” de palestinos estão detidos atualmente por Israel.

Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, um “número cada vez maior” de prisioneiros morre em consequência de “abusos sistemáticos”, criticou a ONG.

“Este período tem sido o mais letal na história do movimento dos presos palestinos desde 1967”, afirmou.

Outras organizações de defesa dos direitos humanos, em particular a ONG israelense B’Tselem, documentaram outros casos de presos mortos em prisões israelenses desde o ataque de 7 de outubro.

Também denunciaram uma deterioração das condições de aprisionamento dos palestinos e apontaram “maus tratos sistemáticos” e “tortura”.

As autoridades penitenciárias israelenses negaram essas acusações no passado.

Em setembro de 2024, o Clube de Prisioneiros Palestinos informou que pelo menos 250 menores palestinos estavam detidos em Israel.

“Todos os anos, de 500 a 700 crianças palestinas, algumas com apenas 12 anos, são detidas e processadas pela justiça militar israelense”, indicou um relatório de junho de 2024 da ONG ‘Defense for Children Palestine’ (DCI-Palestine).

“A acusação mais comum é atirar pedras”, detalhou.



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